Quero - 1944

' 10 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil •••••·••••••• ■■■ • ■ ••• ••• ■ •l ■ llll•• •••t ■ ••······••• ■■ 11••····••• ■ t• 11ttlllf.ll ■ ••1t•1•••••···•••··•• ■ t•ttllll'lll 1 t•••··••• ■ ••·•····•• ■■ •• ■ tlt•t• ■■ IIIII A Lúcia do ano passado ( Conclusão da página 6) Sacerdote de Deus disse-lhe, então, pal avras das quais Lúcia não se esqueceu mais, pala– vras que tocaram , fundo, o coração e lhe abri – ram horizonte deslumbra nte até al i desconhe– cido . Vislumbrou, ainda que le vemente, o cris– tianismo sentido e vivido. Assistiu, depois, ao Santo Sacrifício da Missa, participando, com muita emoção, dos hosa_nas do Na~al. Grande paz e alegria a en– volv iam. Possu1a na mais profunda intimid ade o Senho r ~o Ceu e da te rra . A Sagrada Eu– canstia havia-lhe proporcionado contacto direto com Aquele a quem buscava: JESUS. _Se vissem Lúcia sai r da igreja! .. . Nem parecia a mesma qut estivera chora nd o na vésrera, debruçada à janela do seu quarto ''olhando o ceu , olhando o luar .. .' ' ' Tôda satisfeita , atravessava a •· Praça Justo Chermont", sorrindo e cumprimentando os co– nhecidos que encontrava. Responde;ido amavel adeus a outra moça, reconheceu nesta uma jov~rn da Açãc, Católica .- E' agora, pensou , não tenho tempo a perder.-Alcançando-a, pergun- . tou-lhe que devia fazer para participar da Ação Católica . Sem nenhuma pergunta indiscreta , a mi litante da "Juventude'' respondeu com calo– rosos parabens e, abraçando-a, afetuosamente, disse-lhe : "Eu sabia , Lúcia , que Nosso Senhor te conquistaria ." Que era preciso para que Lúcia ingres– sasse na Ação Católi ca? Querer! Ti11ha os principais requisitos. Faltava-lhe , somente, o quê? Dar vida à sua religião, (far expansão à gt!nerosidade que trancava no seu interior, ad– quirir fot mação que lhe provasse as razões cie sua crença e a preparasse, como soldado va– loroso , pronto a lutar em qualquer parte pelo restabelecimento cios moldes que devem plas– mar a vida cristã . "Glória a Dt:us nas alturas e paz na terra aos homen~ de boa vontade". Lúcia traLi.:i consigo, pois, o es encial - a bou vontade. Dirigida pela amiga da Ação Católica , se– guiu, daí em di ante, as orientações que lhe deu . Em J aneiro, começou , logo, a frequent ar as reu– niões de formação , sentindo, cada semana , maior contentamento pelas descobertas que fnzia no campo dos assuntos mais banais, como no dos mai s profundos. Quanto mais se ambientava àquele "mo– vimen to'', maior desejo de penetra-lo animava Lúcia . Decidida, comparecia tôdas as vezes em que sua presença era solici(~da . P~nba seu_s serviços à disposi ção nas ocasioes precisas. Acei– tava os pequenos encargos que lhe eram ofere– cidos. Impunha-se, dessa forma , à confia,~ça dos dirigentes que , satisfeitos, viam progredir nela as qualidades exigidas para o apostolado . E Lúci a, a tri stonha Lúcia do Natal pas– sado ~ndava radiante. Tomando parte naq uele mar;vi lhoso trabalho de ação, sentia dentre de si transformação que a encan tava. Sua yi?a to– mara outra feição. Sim, era a mesma Luci a que se mudara em uma Lúcia nova : Agora, vemo-la agua1:dar, anciosam~nte, o Natal dêste ano . Já determinou o qu e fara nest_e dia . Visitará o Menino Jesus. Apresentar-se-a, porém, não mais com as mãos vazias. Tôda sua alma saberá entoar cânticos de louvor ao Je sus que aprendeu a conhecer e amar. Na~ mãos levará o presente que Lh e preparou . Sera o es– fôrço gasto para N própria co nqu ista e a de outras almas ao Coração do Di vi no Mestre , esfôrço empregado por ela no decurso de doze mêses. Nossa Senhora ajudara -a a mudar e:11 pre– ciosa dádiva o punh ado de boa vontade co111 que se lhe apresentJ)ra um ano ant es. Auxiliara Lúci a a vencer as difi culd ades que lhe surgiram , desde que deu início à au– daciosa jornada ao encontro de Cristo . . . NO NATAL DO ANO PASSADO. * * Pois, sabem? Lúcia teve que enfrentar, ainda assim, muitas difi culdades! .. . E a maior de tôdas... ah ! Que Lúcia não se aborreça comigo, pois vou conta-la no próximo número. I

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