Quero - 1943

_. l l e. l i B. · Belém-Pará-Brasil ttl •t 1111 lft l t l li li 1111111111• 1111 l 11 I ltt li lot 111111111 Ili llllllt l l l I ll t tll ltflt,•tllt I itlllll l ti llt Ili l li tlf ltlll Ili lltittl llllttllfllllllltÍ~u . o I i ___,_ GI a --– do ca§amento ( Continuação da página 5) e uma virtude rn:1 su n essênci11 . Quando é sim– plesmente paixão, êle mancn a, avilta e corrompe tôdas as coisas ; quando é virtude, êle ilumina, regenera, salva e purifica . A diferença, portanto, entre o amor sim– plesmente humano e o amor cristão está nisso : o amor simplesmente humano é um amor-pai– xão, o amor cristão é um amor-virtude. O amor– -paixão é apenas a atividade de uma parte da criatura humana . E, justamente, do instinto ani– mal , do instinto mais aviltante cio homem. O amor puramente humano é urna efervescência passageira, produzida por causas efêmeras; nasce pela manhã e morre à tard·e. Não é um ato do homem dono de si, seguro de sua vontade e portanto, a energia do dever até nos gozos ' ín~ timos do coração. O verdadeiro amor é puro; não está nos sentidos, está na alma. O amor cristão é o ~to supremo do ho– mem; nêle está a criatura humana em tôda 8 sua plenitude : seu corpo e sua alma. Aí está a inteligência , porque é preciso conhecer. a vontade, porque é preciso querer; a liberd;de porque é preciso escolher; a paixão, porque é preciso sofrer, esperar, suportar tristezas ou máguas; a virtude, porque é preciso durar sem– pre, perseverar até à morte. O amor exclusiv,11nente humano é super– ficial: pesa apenas as aparências, a beleza, as formas exterioíes, a dqueza, a situação social e nada mais. Não procura o que constitue a essência do ser : a alma. Não investiga as be– lezas íntimas : as virtudes, os sentimentos, as inclinações, as tendências, as possibilidades es– pirituais. Não coloca as grandezás do espírito acima das formosuras corporais. E' futi l como a aparência material. E' transitório como a be– leza exterior. E' passageiro como a paixão ani– mal. O amor cristão é profundo. Pode lhe in– teressar a beleza carnal. rnas não paira na su– perficialidade. Vai à alma, mede a sua bondade, as suas tendências espirituais. os seus dons de virtude, as suas realid ades interiores. E há tanta dife– rença entre o amor simplesmente humano e o amor cristão,· quanto à distância que vai entre a alma e o corpo . A superficialidade do pri– meiro acarreta a inconstância, a incerteza, a in– capacidade do sacrifício, a mobilid ade, a i!lsta– bilidade; a profundeza do segundo assegura a ·constância, a certeza , a capacidade do sacrifício, a perpetuidade, a estabilidade. O amor-paixão atinge apenas a matéria : as linhas do rosto, os relêvos dos traços fisio– nômicos, o brilho dos olhos, o encanto dos sorrisos, a côr das faces ... Assim o definiu a mãe de Alexandre Magno: "Pobre filho! Ca– sou-se com o corpo, mas não se casou com a alma de sua espôsa !" E' a superficialidade criando a instabilidade . No momento em que deve passar ·da matéria para a alma, vêm as duros e in uportaveis sur– prezas ! A família fundada por êste aroor é tam– bém uma família superficial. No dia em que a profundeza inteira se mostra, eis a dissolução! E' a maravilhosa história do · Castelo en– cantado, do livro de Monsenhor Bolo. Eis um castelo dos mais formosos . Um jovem ou uma jovem para à sua vista. Que magnífico ! As

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