Quero - 1943

fiu.et -o . MARÇO - 194 3 , REVISTA MENSAL J. F. e. B. Belém-Pará-Brasil ••••••••••••••• ••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• , .............. ................................ ,.,11,,,, ........... .. * * Entretanto, o sol vai subindo. Já é pleno dia. Os raios de luz dardejam sôbre o mundo. Se antes a luz e as trevas se encontravam, brin– cando e enchendo cantos e recantos de delica– das sombras, chegou agora o momento de a luz dominar sozinha. E' a hora da luta , que a cada passo se toma mais renhida . Combate de vida e morte, entre o pecado e a justiça. E ' a quaresma. O pecado entrou no mundo sob a forma do orgulho , raiz envenenada de todo o mal. O grande lutador e seguro triunfador, Cristo , vai logo atacando o fo co, dando um golpe de mestre no orgulho humano : " Lembra-te, homem, que és pó"; é êste o pensamento dominical na litur– gia da Quarta-f eira das Cinzas. Lembra-te,~ó homem, que não és nada. Sê fran co e reco– nhece a verdade. Querendo combater com Cristo , toma das armas dÊle- o sof rimento e a humilhação - e poderás tomar-te grande e fo1t e, diz a Quinta- A Q.uares111a Pe. Henrique Kox O tempo de Nata l, que terminou pela festa da Purificação, era como uma aurora ra– diosa e serena. O sol nasceu e difundiu sua luz pelas trevas. Ao despertar, no próprio dia de Natal, daquele dia luminoso, não foram os pássaros que trinaram, senão os anjos que encheram o espaço com a sua música celestial: Gloria a Deus e paz aos homens de bôa vontade! Era a hora matinal do nosso dia litúr– gico. Passámo-la junto ao presépio e na pa'z. da simples casita de Na zaré , coma passámos a infância no aconchêgo do lar paterno . -feira depois, celebrando o ofício do dia na igreja de S. Jorge, o triunfador do dragão. Queres ser triunfador com Cristo? Sê humilde, diz a Sexta-feira. Tu precisaE de au– xílio .... De quem?... Dos poderosos da terra?... Não! Dos pobres e hllmildes ! A Missa se ce– lebra na igreja de S. João e S. Paulo, antiga– mente a morada particular dos dois santos ir– mcíos, e abrigo, ao mesmo tempo, de tudo quanto estava ao desamparo . Dá esmolas para que êles rezem por ti. Reconhecendo esta tua condição de pobre

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