Quero - 1943

• 11 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil ••••••••••••••••••••••••••••••••• ,,,,,111111111111111,11,11111111111111111111111111111111111111111 1 1111 11111 1111111111111111,111111.,,,,,,,1,11 de vida: olhos ele m;ie, deve111 se r s~111pre olhos clztros e serenos; e o cor2;ão de espôsa , é feito para irradiar e aquecer sem cessar. Na linguagem prática da dona de casa, isso quer dizer que, no meio dt1s dificuldades, a despeito de tudo o que física ou moralmente ,. afeta a nossa sensibilidade, nossalma deve ser, consoante uma expressão mais pitoresca do que elegante, "uma casa pintada de côr de rosa. Sucederá que essa cõr de rosa convida– tiva reflita fielmtnte a alegria que se abriga no interior da casa. Mas, noutras horas ela escon– derá aos olhos dos transeuntes, a fadiga ou a magua que se ocultam à sombra das suas pa– redes." ("Orientar-me, guardar-me, formar-me". Ed. Universal Bruxelas) Oh! si o quisésse'mos sinceramente, si a vicia de espôsa e de mãe fôsse verdadeira– mente, para nós, uma ascensão para Deus, um caminho pelo qual nos enveredassemos, com todo o coração, sem mais olllar para nós mes– mas, depressa atingiríamos êsse esplendor da vida "vi vida" que abre lar~amente a porta para o domínio da mais alta santidade. Quem, pois , nos permitirá compreendei' assim o amor, e vivê-lo, tôda uma longa vida, sem desfalecimentos. sinfto o grande Mestre do Amor, o próprio Deus? A ciência do amor humano, do amor que san!lfica, do amor que beatifica e que realiza maravilhas, é na \ ida íntima com Deus que cumpre busca-la. Jamais a moça que sG viveu superficialmente, e não do íntin10 de sua alma, conhecerá 110 amor as suas profundas belews sobrenaturais. No ter– reno da vida moral, temos que trabalhar a própria alma para dela jorrar as águas vivas; trabalhar a própria alma por uma piedade pro– funda, baseada não no sentimento, mas na fé, uma piedade que se alimente dos nossos mais belos dogm·as católicos: o da graça antifi– cante e da nossa união com Deus, o da uni– dade de Cristo com seus membros místicos, o da Comunhão dos Santos. Uma piedade que vá direitinho a Cristo, ·, Jesus-Eucaristia, a Cristo vivo na Igreja. Ai, nossas almas se nu– trem e se fortificam, aí se desperta nelas um sentimento vivificador e todo sobrenatural, feito de adoração, de submissão filial, de desejo de imitação e de complet::> abandono. Aí tambem, na piedade profunda, vêr111 morrer as concep– ções egoístas da vida, tôdas as estreitezas do espírito e do coração, a preocupação de si, e ' a procura egoísta da felicidade pessoal. Um contacto vivo com Cristo incute-nos a com– preensão das coisas de De1,s, e a resolução de pôrmos a seu serviço uma vida que se en– trega à poderosa corrente da sua vontade, e se adapta com entusiasmo, aos planos provi– denciais. Então, tôdas as belezao e todos os progressos tornam-se acessíveis, desejaveis, necessários. E no segrêdo dessa vida prohtucta, onde o amor humano vai juntar-se ao amor divino, nessa vida interior, que devemos ali– mentar sempre, tanto mais, quanto maior a invasão das coisas ~xteriures, eis que nasce uma fon!l:zinha misteriosa, que se põe a cantar, longe dos olhares ela 111ultiJão: é a fonte clara e pura da alegria perfeita.

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