Quero - 1943

9 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil . , •• , • • , •• •• •••••• •••• ••• • ••• •••• • • • • •• , , • •••• , •••••_. •••• ••• • •••• , •• , • • •• • • , •• • , •••••• ,. , ,,.,, , ,,, 1 1 11 11111 111 1111111111111111,1111111 11 1111111 que Jesus se encarnou para so frer t: não ;:>ara nascer e que há de se desprender· um dia dos braços de sua mãe para se deixar prender nos bracos da Cruz?! Ah ! bem sabemos que o tempo se aproxima, em que os noss,,s olhos não en– xergarão . na noite da nossa dor, a Estrêla da Epifania e sim a massa austera do Cal– vário .. . E à medida que Jesus vai caminhando, vida adiante. para a prova máxima de seu amor por nós, nós o seguiremos, no nosso amor por Êle, em contri ção e penitência. Chegada a Septuagéssima, o Aleluia, que é canto de amor exultante, subitamente, emudece ... Tempo de preparação para a Quaresn1a, sôbre êle já se alonga, crepuscular, o rôxo· da Paixão ... Calo u-se o Aleluia I Despediu -se o Aleluia! Cântico do ceu, para o ceu voltou, abandonando a tern1, tôda entregue à peni– tência e arrepe ndimento. Nossos pecados o suspeaderam, nossos crimes quebraram a aliança que os anjos hav iam feito com os homens. Cantam-no ainda no ccu, mas, na terra - que silêncio~ ... E é, então, que, 111 Vigíli a d I despe– dida, no sábado antes da Septuagéssima, a vo7 terna da Igreja faz um pre lúdi o de ;,mor e saudade à partid;l da Alegria que vai rumo ao ceu: "Que o Anjo do Senhor te ac m– panhe, Aleluia . . : não partas ~inda hoje, Aleluia ... que a sublime cidade de Deus te receba, lá onde se canta o Aleluia eternal. .. " E, concitando tôda a creação a despe– dir-se desse grito sonoro, num melodio~o concêrto, a Igreja exclama: Cantemos todos /\leluia: esfera esplcndentes do ceu, nu– vens e vento , relâmpagos e trovõrs, ondas e chuvas, abismos e montes, animais de tõdas as raças - tenhamos uma única voz imensa, fremente, magestosa, empolgante---– ALELU IA! E, depois, o silêncio ... Não voltarás, Aleluia? Agora, pez2, desmedidamente , o fardo de nossos pecados ... Como ava liamos a leveza da inocência, a pacificação do arrependimento ... Como suspiramos pela Redenção e como a desejamos com tôdas as fibras a estabr de sêde da felicidade! Tu voltarás, ALELUIA! Virás, após a purificação quaresmal de nossas almas, com as asas ainda douradas da tua passa– gem pelo Paraíso, e cantaremos tua volta num sá bado mais feliz, numa Vigília fes– tiva, que é o teu dia por excelência-no sábado de Alelui a. Saudaremos, então, com o advento do Cristo Ressurgido, a firmeza de no - sas esperanças. Pois, que chorávamos, ao te ver partir, senão o nosso Sol, que se escondia no po– ente da Paixão, e que saud·rn10s, agora, se– não êsse Sol que se ergue cheio de glória?! Nesse Eterno Sol, acende o Aleluia Pascal o seu fulgor, tã o claro à nossa Fé, tão animador para a nossa Esperança, tão melífluo ao nosso Amor. Com essa flama, iluminaremos n Ca– minho da Vida: Alelui a da Ressurreição, Alelaia--cqragem, Aleluia-vitória ! . _. para que cheguemos ao júbilo sem fim do Aleluia Paradisíaco, que não se es– creve com palavrns, mas é inefavel melodia, alegria latente, clima de beatitude para as almas imortais. D O M I N G O DA SEP TU A G E SS I M A : 2 1 D E F EV ER E I RO

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