Quero - 1943

8 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil • 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t 1 1 1 1 1 1 1 t I a 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 f 1 1 1 1 1 1 1 1 1 • 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t 1 1 1 1 t 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ~ 1 l 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t 1 1 1 1 1 1 1 n uANDO o Menino Jesus nasceu, ecoou ~ pelas quebrndas dos montes, nas cer– canias de Belém, um cântico singular que arrancou do sono ou do profundo meditar, em que se quedavam, os pastores de Judá; era um canto indefinivel, que se fazia ouvir sem palavras nem sílabas, um s0m envol– vente e doce, forte e glorioso, que arrebatava a alma ao _ceu e prostrava o corpo em adora– ção diante de um recemnascido: era o con– vite dos anjos à primeira entrevista na gruta de Belém, que o Rei dos reis concedia aos pobres de espírito e puros de coração. Aleluia! Aleluia! cantava o ceu, ex– tasiado; Aleluia! Aleluia! respondia a terra, florindo as suas esperanças, semeadas na dor, havia quatro mil ano :-. . .. Aleluia- "Hallelu-Jah"- l011vai a Javé! lou va i a Deus !-grito de triunfo, que o An– tigo Testamento já fazia ressoar nas rn as de J erusalém, como têm hoje mais cunsonância os teus arpejos, como é pl eno o teu sen– tido, quando ce·ssou o temp0 das figuras e símbo los, e a porta do Novo Testamento se abre para deixar entrar o Prometido, que vem realizar as espera nças uas nações! Como uma peq11e11a ave canora, de asas sempre prontas a desferir vôo para as imensas phmuras azuladas, ::!e gorge io sem– pre saudoso do ceu, o Aleluia ficou vi– brando e cantando na liturgia da Igreja. Põem-:10s a alma em fe:-.ta os binos e as a11tífo11Js que, nos velhc~ Missais, lou– . vam a Deus com es~a palavra pia e jucunda. Aleluia tudo diz: é um poema de doM çura ''dulce carmen''; é uma voz de pe– rene alegria - "vox perennis gaudii''; é a nossa pátria de eterna felicidade - "alleluia laeta mater''; é o anjo da ressurreição can– tando sóbre um túmulo a vitória do Rei, a nossa vitória: Tu, nobis, victor Rex, mist- rere ~ alleluia ! · adeus do leluia Helena Sousa Era tal - e deveríamos dizer: é tal - a compreensão dessa palavra em todo o seu significado de triunfo, d..! alegria e louvor, em tôda a sua alacridade de mensageira da Redenção , que os antigos cristãos a entoa– vam em seus louvores e, pronunciando-a, mutuamente se saudavam. Só ass im, compreendepdo o que é na liturgia, e o que deveria ser para todos os cristãos, o Aleluia, é que se pode avaliar, em todo o seu profundo e delicado pungir, a ternura dos hinos sagrados no A.t, us do Aleluia. Porque há um tempo cm que se cala a doce palavrn reanimadora, o éct1 ce lestial que da') esferas mu sica is baixa att: a terra . Não mais a proferem os lábios do:- 111i 11is– tros do Senhor e cm vão a procuraremos no Ofício Divino e no textos da l\fo,s;1. Absortos na serenidade de Belém, vendo Jesus crescer em idade e graça, tão feliz na ca.;;a de Naz,1ré, admirando-O na oficina, entregue ao humilde m-anejo das ferramentas - llão nos teremos esquecido

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