Quero - 1943

... 7 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil .,.,,,,,.,,,, •• • •• , , •• ,,,,,11 1 1 ,,1 ,11 1 1111111111 111111 11111 11 1 1t1 11 1111 1111111 11 1111111111 11 1111 1 1111 , 11 111111,111111 111 1 ,, ,,,,, •• , •• ,,,,,11111 u A conquista da Juventude Operária -êsse pro– blema tão urgente quão dificil - continua a ser objeto de estudo. Conquistar é atrair, prender a si alguem sem vio lência, sem excesso de palavras, apenas pela sim– ples irradiação da persona lidade . pela fôrça arreba– tadora do exemplo. Isto 11ão é · facil, principalmente quando não temos ainda conquistado a nós mesmos. Como fazer va l~r para os outros aquilo de que não es– tamos convencidas. e sôbretuclo se a nossa conduta não revela os princípios que afirmamos e queremos incutir nas nossas companheiras? A conquista da Joc ha de ser a irradiação de uma vida nova, plena e conciencibsamente vivida pela jàcista em qua!quer lugar em que deva agir. Vida de dedicação, de esquec imento dos interesses pessoais , de sacrifício. Sabemos que o an1biente 011cte ordinària– mente se e11conrra111 as nos'iias operéírias ofe– rece obstáculos insuperaveis para manter firme a sua fé e conservar a integridade moral de sua vida. Na familia, ignorante da religi ão, elas adquirem somente noções rudimentares da vida cristã, sem nenhum ince11tivo para a virtude; na escola, quasi nada aju11tam a êsses co111Je– cimentos e, qua:ido ingressam na fábrica, sem preparação, aceitam tôdas as idéas falsas a rvpdlu de Deus e sua Lei e adquirem todos os hábitos viciosos c,11~ provêm do desconhe– cimento das verdades da noss;i santa religião e dos exemplos 111aus que as solicvtam por todos os lados. E' a essa juventude, tiio mal cuidada, grosseira, tão píecocemenfe cançada, que ca– minha de olhos fitos na terra, que precisa111os apontar a imensidade awl do ceu; des:a ju– ventude tl'mos que dissip;1r as trevas, 4IIe ameaç;im tudo escuIecer, antes que se ap;1guc u último clarão de esperança. Expostas tão fatalmente a tôda sorte de C:rrus, perdem, naturalmente, a crença, achan1 que a virtude é pura fantasia ou apenas pri– vilégio de outras mais afortunadas. Tê1~1 os olhos fechados para tudo e só os conservam Leonice Sousa Deleg. Jõc. abertos para observa r a vida dos outros - a nossa também, já se vê. Compete, então, à mi– litante deixar que elas vejam sempre em si, a mesma igualdade de humor, o mesmo sorriso de condescend~ncia, a mesma desinteressada dedicação, sem contudo violar os princípios de sua vida pura, integra, sem nenhuma res– trição no cumprimento dos seus deveres e obrigações . Que elas vejam e sintam que nisto con– siste a felicid:1de e que são essas cousas, apa– rentemente sérias e ao mesmo tempo tão sim– ples, que enchem de alegria a vida, tornand o su,we as duras horas de trabalho , e cheios de encanto os momentos de lazer. Para conquistar assim com perseverança e sem desfalecimentos há, todavia, que conser– var em todo o seu vigor o entusiasmo contra tôda dificuldade-de anibiente, de idéas, de cos– tumes . E sú o conservaremos se, de fato, tiver– mos compreendido a grundeza sublime do ideal jõcisla e dêle vivermos :-compreensão e vida 411e exigem um trabalho duro, uma conquista continua do nosso próprio eu, pela destruição do egoísmo, pela renúncia ao amor prórrio. Sozinhas, nada podemos; mas, confiemos 11a graça do Alto, 110 auxí l io rH•deroso dA4ucle que tudo pode, e havemos de conquistar, corno desejanws tão sinceramente com a fôrça irre– sistível do extmplo, tõqas as nossas compa– nheiras para 11111a vida nova, rica de alegtia, de esperança,' de amor.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0