Quero - 1943

<1ue~o 13 J. F. e. B. Belém-Pará-Brasil .... , ................... , ....................................................................................................................... Cornentá.,.io§ O Sac.l'rtloh, e e• esiôr«:o de ;!11«-rra 110 Hrasil O papel do clero na vida de nossa nacio– nalidade é, realmente, insubstiruivel. Na paz, como na guerra, anotamos,-mesmo os mais ar– redios à vida da Igreja reconhecem-o grande, silencioso e eficiente trabalho do clero, regular ou secular, em setores que a muitos poderia parecer que não seria da alçada dêle. Notícias de uma Prelazia do interior do Amazonas nos dão conta de um fato muito ex– pressivo de como sem o clero pouco ou nada se poderá fazer mesmo em setores puramente admirn~trativos. O Governo Federal requisitou e está remetendo para as populações daquele imenso vale grandes quantid ades de remédios, de sõros, de injeções contra as doenças endê– micas regionais. Acontece, entretanto, que há certa relutància por parte dos menos esclareci– dos. dos mais atrazados, em aceitarem aquel es medicamentos. Os médico:; e enfermeiros da Cruz Vermelh a e da L. B. A. diante do caso, està_o recorrendo às autoridades religiosas no sentido de que, nas pregações domingueir~s, aconselhem os fieis a que 11ão ofereçam resis– tência passiva à tctrt.:fa dcts autoridades sunita– rias, naquele particul ar. Neste caso de deslocamento de nordestinos para a produção da borracha na Amazônia foi preciso também, em sua primeira fase , a ajuda do clero católico. Sacerdotes foram mobili zados nb Ceará, na Paraíba 110 Rio Grande do Norte, em Pernambuco, a ~onvite do Govêrno, para assistirem espiritualrn e11te os 1101 destino na tra– vessia e durante a es tada nos seringais. E os pá– rocos, apro veitando-se da oportunidade da reu– nião do seu rebanho, falavam-lhe do aspecto pa– triótico que a imign1ção para o extremo norte do país se revestia, no instante presente. Dest-a sc,rte, muitas dificuldades foram aplainadas, mui– tas perguntas de fôro íntimo esclarecidas e bas– ws relutâncias superadas, sobretudo se conside– rarmos ser o nordestino como efetivamente é muito amante de seu distrito, de seu municipio– ou de sua religião. Ter111inada esta guerr,1 que muito sangue humano vui ,¾inda fazer escorrer em holocausto ::io seu det~rminismo destruidor, é que pode– remos flquilatar do traba lho sereno, metódico, inteligente e oportuno do clero desta _te_r~a e_m favor dos verd::ideiros princípios da c1v11tzaçao universaf. Veremos então a sem-razão dos em– preiteiros de intrigas, dos mensageiros de dis– córdia dos instrumentos da anti-Igreja quando - pelas ~olunas de algutn as folhas irresponsa~eis procuraram atirar dúvidas e levantar s_uspe1tas sôbre o patriotismo dos padres que, na~c1dos sob os céus brasileiros ou vindos de outras terras, aqui se entregaram ao exclusivo trn~alho ~e difundir nas almas dos homens e na v1âa social o pensamento da Jorej a de N. S. Jesus Cristo. 0 ( De "A Cruz") Falou o Papa sôbre os dev.-res dos esposos Numa audiência concedida a quatro mil pessoas, entre as qu ais se encontravam ~am– bém 700 casais, o Santo Padre versou sohre os deveres dos esposos: "Nas ruas, nas praias, nas salas de espe– táculos, mulheres e moças expõem-se sem ru– bor aos olhares indiscretos e sensuais, e aos co n't'3c tos deshonesto , em uma promiscuidade indigna . Nessas condições, quantas paixões ~e desenvolvem violentamente! Eis porque nao compreendo como homens respeita veis · podem $uportar, como sua esposa ou noiva tolerem os olh ,ffes e as famüiaridades dos outros, e corno as espô as ou noivas deixam seus maridos e noivos tomarem certas liberdades''. Cor.denando alem disso certa falta de fide– lidade, continuou dizendo: "O mundo habituou– -se a co n ideror como fi el, aqu:!la espôsa que não faltou makrialmente a seu deveres e a ce– lebrar a tidelidade dessa espô a porque se im– põe o sacrifício, talvez heroico, mas dum he– roismo meramente humano, de continuar ao lado do homem n quem não ama e dum espo o a quem ligou a sua existência. enquanto o seu coração pertence a outro. A moral de Cristo é mais austera; e o contrato mais saorado (desde que o pecado original não é tão dócil como se podé d~pree1'.~e1: dos nfori mos de alguns), e tá na re::ilt_da_de 1a ''.'~lado por e sas paixões ilíçitas, por mais 1111atena1s que elas sejam. ( Do " 1 Uensageiro du Fé" J

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