Quero - 1943

9uet'o 11 J. F. e. 8,._ Belém-Pará-Brasil 1a11111111111111111t1111Ili111111111t1111 f 111 I,■ 111,111111111111 f IJI t,rt 11111111111111l!f1111111111111 li 11.,1li111111111&111111111111111111111111111 ■ 11111 biente da fomília tanta bondade, tanta do– çura , tanto amor, que pesassem sôbre o coração do maridú e o curvassem enver– gonhado pela própria ingratidão, ou o ven– cessem pela dedicação maior e profunda. ~. para triunfar desses grandes obstá– culos à fidelidade conjugal, dissera Dutoit, brilhante professor da Universidade de Lille, há um princípio supremo, depois da graxa de Deus. Esse grande princípio -se resume nestas palavras: "saber amar é saber fazer– -se amar". Realmente. Tão simples e tão profundo. Saber amai:! O amor que domina o coração do homem é o amor que procura ser dedicado, puro , e que não deixa perce– ber interesse material. O amor que se ali menta da estima e seria o mesmo ainda que sofresse. Ê a visão feminina conforme a pa– lavra autorizada de Heymans, 110 estudo- ''P 1 . d f " " Ih syco og1e es emmes : a mu er pos- sue a capacidade de vér muito mais longe que o homem, na luz transfiguradora de sua primeira paixão, um objeto primeira– mente-amado, do qual a deveria afastar -uma grande decepção. Eis por que em geral o amor da espõsa e da mãe pode suport<1r choques muito mais fort es que o amor do marido e o amor do pai podem superar.'' Para criar no esposo um sentido da sua estima, deve fazer notar que descobre nele motivos reais de apreço : " Suas qua– lidades de espírito e coração, suas quali– dades fí ica s, se u ucesso na prática do do próprio ofício ou mister, os intereses com que põe em relevo o valor de sua alma imor– tal , o fundo de honestidade e de bondade que subsistem apesar de algumas fraquezas, fúndamento sôbre o qual pode levantar no– vamente o edifício da virtude. Praticar essa complacência do verdadeiro am r qu para o esposo perdoa a fraqueza e se prende a todas ::s razões de amar. O amor, dizia S. ~rancisco de Sales, por uma imperceptivel faculdade, fdz mais bela a beleza que se ama, e a vista preparn igualmente o amor para en– contrar a beleza mais amavel; o amor leva os olhos a olhar sempre mais atentamente a beleza bef}l amada, e a vista força o co– ração a ::imar sempre mais ~rdentemente." A arte de se fazer amu completa o grande meio de conservar 2 fidelidade, su– pondo-::;e sempre a graça de Deus, sem o que nada de grande é passivei e realizavel. E' bem verdade q.ue , um dia, quafquer coisa de incompreensivel ~ fascinante a fez amada, sem que houvesse mesmo qualquer preo– cupação sua nesse sentido. A simpatia mú– tua, uma qualquer coisa obscura e encanta– dora, a vocação. Mas esse amor que surgiu , naquele momento, naquele dia , e que se con– sagrou ante o altar de Deus, necessita ser ali· mentado, cultivado para não se aniquilar. Daf a necessidade de agradar ao seu marido. E para agradar-lhe, conhecê-lo, pe– netrá-lo psicologicamente . Saber como agra– dar-lhe. O temperamento varia ao infinito a exigencia do coração humana. Ao tempe– ramento sóbrio é inutil querer acariciar com excessos de afetuosidade. Ao temperamento sensível é inutil tentar com imposições fortes e senhorís. Ao temperamento afetuoso é vã qualquer tentativa de domínio pel a energia rude e grosseira. E' mister estudar a psico– logia do esposo, conhecê-lo bem, mns apli– car amorosamen te os meios de o prender mais e mais ao próprio coração. E aqui se vê quão má psicóloga é a esposa, que, logo após o casamento, porque já não necessita apanhar nas malhas dos seus atrativos o jo– vem que há de er seu marido, se desleixa nas aparências descui::ladas e na atitude de - preocupada dos ademanes que põem em re– levo a formo ura ou a simpatia . E~quece que o esposo não encontrando no lar a fascina– çã_o de formosura e simpatia que o atraira, ira procura-la fora e há de quebrar, doloro– samente para a sua família o juramento de fidelidade. '

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