Quero - 1943

<1uero 10 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasíl rs•ll l ll ····••tlllllllllllllllllllllllll>llll'lllllll ll llllll'llllllll!lllllllflllllll l llltllllllllll l llllll'llllllllll l ll ■ ll····•• lltlllllllllllllllllllll ~o limiar- do casamento ( Continuação da página 7) nunci am o juramento de mútua fidelidade. A fidelid ade é o focho da abóbada do belo edifício da família . E' a sua ner– vura mestra . O poderoso substratum do amor. Nunca manchar a sua palavra , nunca permitir que outro ser tome lugar no próprio coração, nunca quebrar o pro– nunciado , nunca conceder que a versati– lidade do instinto borboleteante roube a afei ção que jurou pertencer à criatura que escolheu para o con sórcio da vida . E isto para uma existência inteira . Só a morte tem direito a rom pe r os elos deste su– blime ju ramento . E tudo isso será uma utopia , sem a presença de Deus . Real– mente como pode prometer uma eterni– dade de amor aquel e que é do tempo? Como pode promete r uma imutabilidade no afeto aquele que é filho das dolorosas tra nsmutações humanas ? Como pode pro– meter uma fi xidez das fôrças aca rici ado– ras do coração aquele que sente no co– ração as incertezas de cada hora e de cada momento? Um dia , falando aos no– bres ouvinte de sua imensa assembléa de Notre-Dame, dizia o padre Monsabré : ' 'O desenga no ! srs , eis o prato de cada b:.rnq uete da humanidade. Quantos desen– ganados entre vós !'' E o desenga no é a prova do lorosa da versatilid! de humana . Ora, jovem, com tanta potencialidade de mudanças, com tantas experiências do– lorosas, com tantas incertezas provadas, como podes esperar que a criatura hu – mana te ofereça a doação suprema da fi– delidade? Se queres a fidelidade real e perfeita, com a imensa carga de obriga– ções pessoais e sacrifícios íntimos e he– roicos que ela acarreta, faze com que Deus , que presidiu o teu casamento, se misture na vida do teu lar. E' preciso que a sua eternidade conceda ao teu amor temporal a tonalidade do eterno . Que a sua imutabilidade derrame sóbre a muta– ção tumultuária do teu fragil coração a sua fixidez imortal. Que a sua perenidade dê às oscilações do teu coração a iman– tização que domine as tristes contingên– cias da tua alma. Só a presença de Deus sustentará a beleza da fidelidade conjugal. Concederá a graça para que os dois corações sejam mutuamen te fieis , fieis até à morte, .até ao fim . Ah! é gra nde demais essa promessa para que o espôso e a espôsa a possam realizar sem Deus! Ê êste o segundo bem do matrimôn io. Não penses, porém, que êle vem como u111 dom do Senhor, sem que seja necessária uma cooperação da tua parte. E até uma abnegação cons-· tante da tua vida . E como a mulher é o centro do lar, é a ela que , de modo es– pecial , pertence vigiar pela conservação da propria fidelidade e da fidelidade do espôso. E é preciso ter uma grande pene-

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