Quero - 1943

11 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil ···· ····························· ················· ···················································································· ........... . das realidades agudas da vida como a poei ra desprendida da asa de uma borboleta ao con– tacto dos dedos, êsse respe ito corre risco de se pulverizar; mas, se êle .tiver sid o sincero, ficará sempre alguma coisa para conservar ao amor seu valor ideal. Por isso, é prec iso que os noivos se empenhem no matrimônio, não só com intenções puras, mas tambem corn dis– posições imaculadas, na observância fiel de 11 ma dr.l icada reserva '·. "Amarrotando a estima mútua, como as pétalas avel udadas da rosa se amarrotam a um contacto indelicado, o "flirl" contemporâ– neo, caricatura irrisória do verdadeiro amor, despoja do brilho do respeito a afeição do homem pela mulher e da mulher pelo homem, estabelecendo entre êles, para dizer o menos, aproximações de intimidades, que arrebatam às relações recíprocas suas protetoras natu– rais : a modéstia dos corpos e o mistério Lias almas . Um jovem, que antes do matrimônio se deu ao "flirt", não deixou de contrair hábitos de liberdade nas atitudes, familiaridade nas pa– lavras, inuelicadeza nos pensamentos , que são outros tantos atentados ao respeito natural que deve ao outro sexo, e a sim o " flirt" americano desenvolve no homem uma predisposição para estimar menos e então a amar menos aquela que será a companhei ra da sua vicia ''. Se o " flirt' ' diminui no homem o aniur verdadei ro pela espôsa futura, a liberdade de– sordenada nas relações do namõro ou noivado produ z_ resultados ainda mais desas tro os . O ''flirt" se dirige a uma 011 muitas j o– ven-S que surgiram no ca111i11ho da vida do 111 oço . Há aí uma nuvem no respeito que, en1 geral, é devido à mulher. Mas o 11a1J1ôro, o noivado já fixou a sua criatura predileta . A falta de respeito, então, St:rá uma práti ca de indisciplina moral para com aquela que es– colheu por espôsa, a confidente do coração e a co- fundadora do lar. Faltando agora com a fidelidade ao respeito que deve à sua noiva, co'ino poderá garantir um juralllento de fitle- lidade mais tarde? E esses protesto~ de amor, que o desrespeito recíproco, sob formas de liberdades ilícitas, já abalou fortemente, não serão falsos? E como o espôso poderá ainda estimar e amar a sua espôsa nas provas e e contradições da v ida conjugal, se, durante o namoro, dilapidou o patrimônio dos senti – mentos que o respeito deve proteger? Não é mesmo uma oerisão prometer fidelidade àquela com a qual não temeu praticar a infidelidade para com Deus? A falta de carater 110 moço não vos pode assegurar um espôso fiel. O carater, dizia Mon– sabré, é uma disposição de alma para sempre agir fortemente, e uma man i festaçã o da fôrça em tôdas as virtudes . Dá- lhes a constância, asseaura- lhes o progresso, concilia - lhes a es– tima~ a admiração, a confiança. O velho Aris– tóteles parece que o definiu por e:stas palavras : "Ad virtutem necesse est forti! er et immobili – ter operãri". Marchar forte e i111utavelmente parn a virtude! Mas se vós encontrais um jovem cuja vontade muda como o vento, que falta tôda hora aos seus compromissos, que falta sempre à verdade, que tristemente ofende a sinceri– dade, como podereis ter a certeza de uma fi– delidade que há de ser tão longa como a rrópria vida, tão forte para resi stir às tentações, tão nob re que se sobreponha às vilezas do mundo? Não vos enganeis : 1.º O matrimônio não muda a natureza viciada. 2." O desrespeito no namôro diminui o amor no homem. 3.º O desrespeito 110 11a111ôro diminui a estima do liame conjugal. 4.º O desre peito no namôro diminui a fôrça de carater. 5.º O desrespeito no namôro diminue a con– fiança no amor e prepara a dúvida na fi – delidade conjugal. 6. º O de respeito no 1:amôro , ofendendo a D ' U , prepara uma famíli;:t sem as bênçãos d ·eu . Namôro assim pode ser prelúdio d dra– mas de tortura ínfona e pr h111das .

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