Quero - 1943

... I , \ liue~o 12 · J. F. e. 8· , Belém-ParJ-Bmil t 11 f1 1 t 1 1t11111 1 pt11 1 1 t I o 111 1 11f11t 11 1 1 11 1 t1 1 1,._t1 1 11 1 111,._t 1111lol..11 ..... Ili 111 1 1111 1 1111111111111f1111111 1 11111111t11111f1111 /t 111.I 111l11ll1111l11111 ·OLHANDO , o ceu, OLHANDO o luar ... / Conclusão da página 6) mil anos? E como seu ,coração, que nascera ontem, ainda sentia alguma coisa daquela Noite longínqua! ... Olhava o ceu, olhava o luar... Como teria sido·? "Os pastores, passando a noite em claro, velavam s·eus rebanhos''. Talvez tristes, como ela, olhassem o ceu e a lua. "De súbito, apareceu diante dêles uru anjo do Se– nhor e a glória de Deus cercou-os de clari– dade. Tiveram medo. O anjo, porém, lhes disse: Não temais! eis que \ os venho anunciar uma grande alegria que caberá a todo povo: é que nasceu hoje na cidade de Daví o Salv~dor, que é . o Cristo e Senhor.'' Que ale{{ria, que feli– cidade para os pobres pastores! A princípio, tiveram med(\ diz o E\·angelho. l\\eclo como Lúcia; que tivera muitas \ ezes medo das luzes do ceu. A claridade era muito grande. Mas os humildes pastores foram confiantes. Acredita– ram com sin1plicidade nas palavras do anjo e não duvidaram em seguir longa caminhada para encontrar o Presépio. E descobriram c1 Presépio, acharam a Jesus e tiveram índiscri– tivel ale~ria, ini:lefinivel felirnlade. Olhava o ceu, olhan o luar ... Os pas– tores enwntraram a Jesus ~ foram alegres, fo– ram felizes. Lúcia! Lúcia! dizia de si para si, qu<'. senlt.:s, que pensas, íJllC d SC'jc1s? Oh! meu Jesu,; ! gemeu ela. Sintn algo extranho em minha alma. Ser.í a claridade de vo sa graça que a µe11etra e il11111i11a, meu Deu ? Penso 1w vasio de minha vida de cnslà e ca– tólica. Na tri ·teza que oprime meu coraçào: Por que, Senhor, êste vácuo dentro de mim? Por que a tristeza retoma sempre o lugar dos meus poucos instantes de felicidade? Poréll), como posso ser feliz se me esqueço sempre de Vós, Jesus? Até numa noite de N,üal ! Como ser alegre e 11ão possuo o amor de Cristo, o amor que encante, fortifique, cons– trua, eleve, encha meu coração? Olhavél o ceu, olhava o luar ... a que aspiro eu? perguntava-se Lúcia. 1: 11111 grande tre111or a sacudiu. Ouvia, outra vez, o rrpicar dos sinos. Hosana glorioso pela hora máxima da creação. Meia noite. de uma noite de Natal. Lúcia estremeceu, novamente. Não podia mais suportar a grande paz. a grande alegria que a tranqüilizava. Descobrira a fclicid.idc porque descobrira a Jesus. Lágrimas quentes, porém lágrimas felizes, molharam de novo o seu re– lógio. Notando-o, apertou-o com prazer. Sa bia agora o 4ue desejava. o que faria. Iria pro– curar Jesus. Queria conhecê-1O. Não, como até então O conhecia . .Quºeria vê-1O de pe·rto. O seu relógio teriíl. dora em diante, hastante valia. Marcaria o tempo de ~ua j0rnada a en– contro do Cristo. Marcaria o labor de sua vida que ia oferecer a Cristo. Sim, estava disposta. Natiuela noite de Natal, entraria no Presépio e entregaria ao Menino Deus o seu coração para O amar e sua vida rara O servir. Olhava o ceu. olhava o luar ... Mas, que estava pensando? Queria dar muito. Acalen– tava um ideal demasiado grande para ela. E Lucia kve medo. · Olhava o ceu, olhava n luar, e lembr0u os pastores qrl'e tc1111bém tiveram medo da cla– ridade divida. Não ·ria elc1, como aqueles ho– mens, Ulll anjo que a orie11t:isse e uma estrêh que j ll'\·asse ao Prcs ·pio? Olha<Ja o reu, olhava o l11,1r ... Começou , a recordar um co11v1te, que lia muito lhe ha– viam fcitt, . Uma amiga, certa vez, lhe falara em alegria, entusiasmo. id ai. telic1dade, vida de amor e dedicação a Cri ·tn. Eia pelo que ancia\'a seu cora ·ão gt•11 •rn'-O. Acaba"" d,· se capacit,1r t111e o tudo de 'li<! vicia eia nada, porque o seu tud11 l'ra \ :isi11. Olhava II u,"t.1 e ulhavd o luar ~1,1g•t1 c1 a luz que havia d· l:O'Hhllt-la ao Pre'> •pio. Na sua menwrta, de repenr ', brilha r·1 a pala– vra orientadora. Ação Católica.

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