Quero - 1943

quero 1 1 J. F. e. B. Belém-Pará-Brasil ....... ,,,, .... , ............................................................................................................................... ~o limia~ ·do Casamento ( Conc/usdo da página 7) concepção real e profunda: a irreflexão, a am- bição, o interesse. · A irreflexão é o característico do amor excessivamente sensual. Vós sabeis que a mitologia antiga repre– sentava u deus do amor- Cup1clo-como um cego. Êle trazia os olhos vendados e atirava a esm,) as suas flechas. ferindo an.le11temente os corações que pretendia despertar. Mas , tendo os olhos vendados, os s eus passos eram irrefl etidos como as flechas doidas da !'.Ua alj :iva. /\ rélpid ez é inimig:1 d o raci oc íni~ S?g11ro e perfeito. essa irreflexjo podera ocultar defeitos que um dia vos maguarâo prof11ndame11te. A falta de exame é germe de infelicidade. Hoje rrnda mais difícil que sepa– rar o que é verdadeiro do que é falso, 110s tratos huma11os. Ao moço , a civilização empresta-lhe tais m_a11eiras, tais expans ões de gentileza, tJI afa– btlidade, tais meneios e gestos, tal capacidade de hipocrisia, que é precis o olhar de lince para surpreender no meio de tanto aparato a ver– dade dele mesmo. A moça, a época m0derna tem o dom Je lransforma-ld e1J1 11111a criatura tão irrefletida , tão agitada pelas avançadas mocÍernislas, tão dis– t.a1çada pela s artes epid érmi o- decorativas, que e preciso gê1iio para descobrir, 11 0 acumulo de tanta acidentalidade o conteudu rea l de sua alma. Esse comple.~o de coisas prepara cun– tinuamente um meio ele traição. Que será do vosso amor cego, 110 dia e111 que a lâmina cor– tant e da real idad e ela vida ras~ar todos esses veus e vos deixar no que sois, de fato, sem subterfugios e sem hipocrisias ? Poderj durar aind a esse amor que amou o que não exi!>•ia, ou amou uma mentira cujo 1111ico fito era iludir? Descobrir que alguem, sob capa de sin– ce ri uade, prncu rava enganar, é chama certa de revolta. E es::.a revolta como será suportada? Mons. Bolo nos fala do dialogo de uma sog ra e de um genro. Este, com muita mágua, lhe dizia: - Mas, senhora , que carater horrivd tem sua filha! E a sogra, sacudindo os hom bros , res– pondia-lhe: -Meu amigo, se ela tivesse melhor ca– rater, não lha teria dado! Uma pobre moça, aflita ante a rispidez, o caraler violento e o orgulho àe seu Jovem esposo, censurava-o, dizendo: " Nunca pensei que fosses tão mau! '' E êle lhe respondia: "Justamen te po r isso é que caiste nas minhas mãos! Porque ~~ outras que pen savam nunca pude ar_anhar. E culpados dess :i irreflex ão,_ 111U'la:: -.·e- es são os pais. Cegos pe lr1 r1n)hiç~,· 'l • ·- ~,- z ' l l ., , tad os pela fortuna, ou pe o :lL"lle, ,.,.. . t ca , , t .•, < 1 e · <T(ótia do prete11d e11te, tramam cu,.'º _-' • :,- !' da própr ia filha. Farem t, ·111s ç l-?S de rno . o coraç~o que não ihes pertence. amor com . ' . d dita d:i E assim preparam, quas, sem~rc, a ~s ; . C ta ocasijo, um medico, dtz Mo11 ... iovem. e e~rava para sua filha, sem que esta Bolo, pr P to com um jovem esll1- soubess e o casamen t A ' filha ao saber, revolta ,a- se. . dan e. • · q er,a Não era aquele que seu cu:.aç~? . 11f ' ll ". . obri ava, dizendo: M11,l!t1 l ia, Mas o pai ~ t ,. g te Ainda ltoje expl:cüu-1ne é um moço 111 ei1gen · A ·• \\ esse 1 ,a- ·11 e ,te o barometro . • a. · · ' marav1 10sarn 1 _ ,·a a , ternpestad t> rômetro certamente nao pre\ t do futuro lar! . bre corJção a Acorrenta-se asstm um p0 E lo t o sof ri mento. quam um horrivel e ~erpe li 111 sofrimento, há de nao seja propriamente u · 5 mor não a tris te mdgua, pot , ser sempre um "' I é e ·pontâneo. S11rge Õ de se q uer e. e :, d se p e on _ . · a espuma n:1 i onta e em cada coraçao 1. 01110 • cada onda do mar. r a este dialogo E nem sempre_ é me11J1r_ de Paz. .. vem 1101\a e o u1z entre uma lº t . '·A senhora quer O Juiz lhe per~un ª · te por seu legi- s F aqui prescn , receber o r. ·, ' . .d ?" timo man °· :incando uma respir;ição E a moça, arr d . "O senhor é a pri– pn:funda, lhe respon e· lia a e ·se respeito!'' . a (JUe 111e COJJSll • me1ra pe_sso . 111eus 1· ovcns est:1 na raiz de O 111teresse. ' muita :ifeiçãt> fingida. -A seguir.

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