Quero - 1943

1 7 J. F. e. B. Belém-Parã-Brasil ,,, .. , ... , .............. , ......................................................................................................................... , passa? As esperanças, uma névoa m;itinal que se dissipará à medida que avança o sol da vida? O prazer, o aroma ligeiro qu~ :;e dissipar;í ao vento das· provações? Pois, se a verdadeira be– leza se irradia sôbre seu semblante, se a bon– dade verdadeira habita esse coração, e o po– der verdadeiro habita essa alma, por que, con– forme a expressflo da própria Escritura, não correram para ela todas as criaturas, como vós, para vê-lét quando passava? Porque vos– sns amigos mesmos lhe são indiferentes, depoi:; de ter ouvicln e visto o objeto c.iuc faz palpi– t,ir u vosso coraçfln? Em nome da felicid,ide de vossa \'ida. esforçai-vos um instante por ~sque_cer o seu semblante, esforçai-vos-e isso e mais clificil - por esquecer a elegância dos seus trajes, a sua mocidade brilhante· esfor– çai-vos por esquecer o reflexo de ouro 1 cio seu olhar, o timbre de sua v111. E ponde-vos sim– plesmente esta questão: quem é esta criatura? . Quem ê, na sua pessoa, na sua conciên- cia, na sua alma? NAc, se trata aqui dos en– nntos ,r· ' e emeros que os perversos podem ter, dos fr,igeis orna111entos com que os rróprios rnonst10s podem se enfeitar. Sob essa fronte há um c~rebro, no cérebro urna \·onlade; esta vontade e a criatura. Soh a elegância dessa r~upagem. liü um peito, nesse p~ito um cora– çao; o coração é J c1iatura. Na profundeza desses olhos há um olhar; atrás desse olhar, um pensamentu; este pensamento é a criatura. De:sa vont.1de, desse pensamento. desse co– raçao, tódas as bondades pudem vir. tôdas as inebriedades fluir, ma:; tamb0m tõdas as ca– lamidades P( dl·rn se den:11nar. Quando tl pen– samento e o coração falarem, pouco irnpo1 ta o exterior: desde 4 ue O coração se pc,nha a bater, todo hnmem é grande; desde q11e o pen – samento resplandeça, todo semblante é encan– tador. Quando, ao contrário, 0 coração é duro e a al111a 0 \11, tôda criatura é 1Jorro1usa, tôda crialma é repelente. Então quem é l'S<;;a cria– tura 4ue \'ns impressiona? Essa pergunta deve dominar 0 \'osso 11a– moro. Só e:;sa preocupação real e prohtnda pode fazer do vosso namoro um alicerce capaz de assegurar a vossa felicidade futura. Do con– trário, construireis fatalmente na areia o cas– telo da vossa família. E' preciso que não vos esqueçais nunca de que a ·mentira pode estar em tudo que é hu– mano. E a Sagrada Escritura chega mesmo a dizer que toda criatura humana é mentirosa. É facil vestir-se de aparatosa roupagem quando se quer iludir, atrair ou dominar outra criatura. A própria civilização com suas refinadas maneiras sabe multiplicar essas subtilezas de hipocrisia. Há mesmo uma espécie de cameleonismo no amor interesseiro. Muitas vezes o que in– teressa não é aquilo que vós sois na vossa profundeza pessoal. O que interes~a é a vossa riqueza. a riqueza de vossos pa1s, a _vossa situação social ou a de vossos progen1tores, 0 vosso nome ou a vossa glória, ou a vossa beleza que, sendo transitória, não pode ga:an– tir a perpetuidade do amor. E. em _tudo isso é preciso que vós saibais dist1ngu1r o amor que quer a vossa alma do interesse que quer apenas o que se relaciona com a vo~sa p~ssoa. Nem o ouro, nem a glória, nem a s1tuaç:10 so– cial poderão fazer a vossa felicidade ~u. a fe– licidade da vossa família. Riqueza, glon_a, re~ nome. situação social, tudo é frio, é gel1do, e horroroso quando sentirde~ em torno de v?sso coração, d'a vossa alma, da vossa vida, a fn~z~, a indiferença daquela criatura qu::: vós quene1s que vos amasse e não vos ama! Ei-los. diante do futuro, o moço _e a mo_ça: f ·1·d de J::Ie e a razao, Êle é a fôrça; ela, a ragi 1 ª · - ÊI , 1 ta. ela é a persuasao. ela a temura. e e a u • , . ·ct . ela a veiga flonda, Êle, o se,neador da vi a, , onde a fernndidade se exrande. Êle, o cal- 1. t . ela a irrequietude transbordante. O cu is a, ' 'd d d 1 · . sa de llétmoro os une numa necess1 a e e ic1. presença. Méis não vos esqueçais, n1eus Jovens amigos , que a vossa felicidade futur_a depenJc da seriedade do vosso namoro. Da,, a 11eces– :,.idade de eV1tardes os maiores inimigos Jessa < Cu 1t fu i n ! p,vuw ',

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