Quero - 1943

g J. F. e. B. Belém-Pará-Brasil ····························•·:...··..!. ''''''''"''''''''··..!.··· ····························· "· ························································' 11asceralll quasi juntos. n;i 111ont:111h;1, I11as que, depois de múltiplos coleios e longél e aci– dentada caminhada , ignorando 11111 os c;imi– nhos do outro . se enco11tra111 e se confundem na mesnlél torrente que descerá cantando e fe– cundando a terra . Mas, outras vezes, corno rios que nas– cera 11 longe, muito longe um do outro, se en– contram e se abraçam na mesma vida e na mesma poesia. Um mistério, sem dúvida . E só Deus sabe o motivo desse encontro. dessa estranha simpatia que começa a vincular duas almas e dois corações. Sentistes então que fostes feito para o ma trimônio . Mas essa vocação traz consigo 11ma imensa responsab i lidade. Não é élpenas uma ins tantânea sii.1patia, um desejo de entregar alma e vida a outro coração, IIm:I simples rn uda11 ça q11e se deseja operada na vossa situação pessoal. Não! É u111 destino. Mas um desti110 que se integra de maneira surpreendente no próprio destino da humanidade. Não é a vuc.:1çâo para 11111 sim– ples pr<1zer, mas para uI11:i extraordinária missão. A missão que Deus e a hu111<111idadc co– locam sôhre os vossos ombros. A missão de um supremo altruis1110. Vós sereis para o fu– turo 111ais para outros que para vós mesmos . Mais para a humanidade que pede contas da fecundidade que misteriosamente Deus colocou em vós, para realizar o destino da procriação. Não podereis ver nesse destino a exclusiva pos ibi lidadt de um gozo pecaminoso disfrtr– <;ado pelo título matrimonial. A vossa 1esp0n– sahilidade de elementos fecundos de vida, a grandeza da vossa mútua fidelidade . o dever de formadores de futuros elementos da huma– nidade, tudo isto está profundame::te vinculado à vossa vocação ! Alguma coisa dentro de vós falou, no silênci0 de vossa alma, que fostes feitos para o casamento. Sentistes os primeiros ardores da chama do amor. Mas houve uma diferenç~ no modo de sentir o amor. E' que êle per– de11 aquele caracteristico de vago, de im– preciso. Em vez daq uela simpatia comum com que a natureza vos ensinou a estimar delica– damente os irmãos da mesma natureza e da mesma idade, liá uma particularização no vosso afeto. Aquela luz que se expandia indiferente– mente, concentra-se num ponto determinado e fJcaliza urna criatura entre milhares de ou– tras. E tudo na vossa vida de moço começa a ter necessariamente aquele ponto de referên– cia. E' o amor novo que alboriza a vossa vo– cação. E sentís que não é o mesmo <1mor que une os homens na fraternid ade universal; que não é o mesmo amor que une os filhos de uma mesma pátria; que não é o mesmo amor que une o vosso coração ao vosso pai e a vo ·sa r.1[1e; que não é o mesmo amor que une os amigos; que não é o mesmo amor que une os irmãos de coração e de sangue I Não! E' um outro amor misterioso e profundo, onde sentis o índice de urna vocação. A vocação para o casamento, a vocação matrimonial. E é neste ponto que co111ec.;a uma nova fase da nossa vida, onde o11tr(ir;1 existia um 1 C< nti,w 1 na pút;i11a I 2)

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