Quero - 1942
J. F. C. B. 8 Belém - PdrcÍ - Brdsil 1••··· •,■ ••········· ······ · ·····································································································•11111 111 ••··········· sabem que, para lhe ensinar os elementos de qualquer ciência, é preciso possui-los muito bem. Parece um paradoxo, mas o professor elementar, o que lança os alicerces, tem de conhecer mais do que qualquer outro os di– versos aspetos do assunto de que trata. Que será então do mestre da ciência primordial, da única indispensavel? A primeira instrução religios a de uma criança requer as três qualidacfes exigidas por Elizabeth Leseur para todo trabalho fecundo de apostolado: retidão de espírito, lucidez de julgamento , solidez de doutrina. Sem elas (a ex– periência o mostra tanta s vezes!) a mãe de fa– mília arrisca-se a decepcionar a espectativa da almazinha infantil , ávida de espiritualid1de, e a dar de Deus e da sua verdade uma icl ea in– completa e deficiente, sinão falsa. Mas a mulher cristã não tem só influêÕ– cia sôbre os filh os. Ela é a rainha de um lar e todo o lar humano é um centro de atração. Para êle se encaminham todos os que têm ância de cal o r, de companhia, de compreensão delicada e "nuancée", de· convivê nci a recon– fortante . Sôbre todos, a mãe de famíli.i pode exer– cer influência , já por ser mulher e ter na tu– ralmente o que se poderia chamar o in stin to dos destinos humanos, já por ser cristã e pos– suir ao menos em germen alguma coisa da caridade inexgotavel do Cristo . O primeiro a receber a influência femi– nina em matéria religiosa é o marido. Mas, depois d ele, quantos não veem, sem o saber talvez, procurar junto àquela alma de mulher "as pa lavras da vida eterna"? A cristã que deseja at rair as almas à s ua te, deve abrir largamente o espírito à com– preensão de tôdas as mentalidades como d e tôdas as dúvidas e vacilacões. E' a forma in– telectual da caridade. Não é isso pactuar com o êrro (a verdadeira cristã tem a serena e santa intransigência da verdade que se defende como o supremo tezouro do homem) . E' simples– mente reconhecer e respeitar a "afina da ver– dade" , encerrada nos êrros do pobre espíiito humano como uma esperança de ressurreição. Justamente porque conhece a fundo a sua fé e sabe que ela contém e harmoniza, na pleni– tude da Verdade divina, as verdades parciais e exclusivas do homem, a cristã é tolerante e justa. O terror das fórmulas novas, que Eli– zabeth tão finamente denuncia, os escândalos de um espírito timorato e intolerante, "o or– gu lho sutil da fé'', não se encontram sinão ra– ramen te na cristã instruída . São ao contrário o apanág io dessas crentes pouco esclarecidas, mergulhadas em gera l em práticas religiosas sem idéa, que igno ram o próprio e sublime esp írito da sua religião, as suas verdadeiras tradições , e cuja " terrív el estreiteza de espírito, em matéria de doutrina , mostra a que ponto o coração do Cristo deixou de bater para elas sob o véu dos rit os e dos símbolos". Por outro lado, a mulher católica não deve limitar o seu dever intelectual ao es tudo, mesmo aprofundado, da religi ão; deve pro– curar ser um valor compleio, não por vaidade, mas para atingir maior número de almas e honrar o seu nome de "cristã". "A influ ência exerc id a por um ser, di z Elizabeth, tem 9ua lqu er coisa de sutil, de pe– netrante, cuja força não se pode med ir. Qu e prédica poderosa pode se r um simples con– tacto de uma alma! Uma só al ma pode mudar tôda a atmosfera mora l em tô rn o de si, pel a sua simp les irradiação" . Na intimidad e da convivência fa miliar, que aproxima os corações tão estreit amen te, a influ ência de uma alma adquire fôrça incom– parav el, toma um carater quasi " sacerdotal". Assim, a mãe de família, profundamente cristã, to rna-se, em tôda fôrça da expressão, "A CONCIÊNCIA VIVA" cios se us . • . Terminamos nêste número a puhlicação_ do en.::antador livro de L~urita Pessoa Raja Gibaglia e Anitc1 Lima Que,- • reera de Castro, que demos aos nossos lelfores em longos excertos, com aprovação das autor,1s . Transcrevê-lo, _assim, foi tar~fa 1ifici~, tão penoso nos era dispensa r tópicos, trechos ou simples frases - que fada traz tanto sentunento, tanta mtehgêncw, tlio exato senso crisfào ! A ésse custoso truncar de tão ciTltilantes facetas só nos resig,wmos pela necessidud<' de nàv alonga r a publicação, por n imero demasi:1do de mêses. Mas, incitamos os nossas jovens a que adquiram êsse livro, o li!i,un e meditem, para ficarem tâo reconhe– cidas às suas ª!Jf[!ra~ como a redação da "quERO", que aqui extema a sua admiraçâo por essas p.iginas, verda– deiramente recnstrnmzadoros.
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