Quero - 1942
J. F. C. B. 16 Belém-Pará-Bru il Associação Paraense de Professores Católicos mi.nfia CfUe4ida co.eer;a : Ainda vivo e sinto as doces emoções da manhã de dom ing o! E , minha colega , não que– rendo que você fiqu e na ignorância completa do que foi esta manhã tão bela e tão santamente vivida , escrevo-lhe, agora . Dirá de si para si: - ainda não compre– endi a raz ão desta missiva e, muito menos, o motivo de tamanha alegria! Ouça-me : como sabe, realiz ámos, no do– ming o, a nossa páscoa; e, nos três dias que antecederam ao doming o, tivemos tríduo prepa– rató, io com recitação do têrço, prática e bênção do SSmo . S acramento : assim /ruimos momen– 'tos fe lizes e bem aproveitados . Notei sua f alta e, por isso, traço estas linhas para dizer-lhe quanto sentí sua ausência; bem desej ava que partilhasse conôsco dêsse con– vívio santo , incomparavel ! Mas, não f oi passivei - paciência! No próximo retiro de Junho, terei, certamente, a co lega querida compartilhando dêsses dias de piedoso recolhimento. Quero narrar-lhe o que foi a nossa festa: Feito o nosso tríduo preparatório, com um bom número de professoras , assistimos juntas à Santa Missa, que fo i solenemente celebrada por S. Excia . R vdma., o Snr. Arcebispo , no altar-mor da vetusta igreja das Mercês. A' hora da comunhão , vimos para mais de 100 profes– soras , gerwflexas, receberem a comunhão , ce– lebrando, assim , nossos corações o preceito pas– cal imposto pela Santa Madre Ig rej a . Ao fim da Missa , S. Excia. Rvdma. di– rigiu a pala vra às prof essoras. Começou a alo– cução com a sentença do di vino Mestre - Sou a verdade, o caminho e n vida; falando , disse que as professoras deveriam seguir as palavras de Jesus, ensinando às creanças a Verdade, que leva ao caminho da verdadeira vida - a vida da graça divina. Terminada a Santa Missa, fômos tôdas para o salão do andar superior da igreja e lá, reúnidas , tomámos café; eram quatro mesas, dispostas duas a duas, tendo à cabeceira a mesa a que se sentou S . Excia . Rvdma ., o Sr. D . Jayme Câmara, presidindo a nossa ref eição matinal. Foi uma reunião bela, indescritível J Como você se sentiria f eliz ao nosso lado J Vivendo a vida da Eucaristia ! Fico esperando que não f altará ao nosso retiro anual, log o nos primeiros dias das férias joaninas. · Lembro-me, minha colega, de uma cêna deveres encantadora, a que assisti, no domingo. Sabe qual foi? Vou narra-la: nossa colega Francisquinha teve a prof unda satisf ação de vêr seu f ilho que– rido , um jovem que j esus chaníou à vida sa– cerdotal, no desempenho de acolitar a nossa santa Missa. Como era belo o coração materno dessa professora, transbordante de santa alegria , vendo o filh o querido , que um dia será sacerdote de Cristo , ao lado do nosso amado pastor! E ela, a mãi ditosa, revendo-se no fi lhi– nho querido, agradecia a Deus tão g rande dá– diva, recompensa de sua generosa renúncia, en– tregando o maior penhor de seu coracão ma– tem o para servir na vinha do Senhor Í Santa e fe liz maternidade a da nossa boa Francisquinha ! Deus a abençoou plenamente , Para não me •alongar mais, vou termina~ pedindo à co lega que realize o preceito pascal e, o fa z endo, Lembre-se de nossa A. P. p c . assim , unidas, iremo,s palmilhando o ca~in/;; da cruz, essa estrada que nos levará a celebrar um dia, c~m J esus_ e_ Maria S antíssima, a pás~ coa celesttal na l?atna onde não há mais tra– balhos, nem sofn mentos, mas o gôso eterno _ o Ceu! . Adeus , querida co lega, com um ósculo amistoso. Creia-me sua ex-corde 'Viole ta 24 de Março
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