Quero - 1942

_9uero um dos mais belos do Brasil. E começou o aformoseamento da Catedral. Longos ános empregou nesse trabalho. O contrato com o arquiteto e escultor Cari– mini para a construç30 do altar de mármore tem a data de 15 de Julho de 1867. Entre– tanto, os úl timos trabalhos da reforma da Ca– tedral só ficaram prontos após a transferência de Dom Macedo Costa em 1890; mas êle os deixou quasi concluidos. Descrição d a Cate dral: No seu conjunto a Catedral é realmente majestosa. Dificilmente ::.e poderá descrevê– -l a porque a grand iosidade que lhe é própria. a unção da ambiênc ia que empolga a quem penetra naquele sagrado recinto, são coisas que fogem à pena do escritc1r. Vamos repro– duzir aqui urnas impressões externadas, em 1937, por Monsenhor Felipe Condurú, Vigário Geral do Maranhão, após a visita à Catedral: "Sua majestosa fachada de granito, em estilo romano, da restauração, ladeado por duas tôrres de gracioso acabamento, elevando suas flechas a 33 metros de altura, tal negror já recebeu do tempo, em mais de um século e três quartos de existência, que m~I nos fa: supor os tezouros de mármore e pintura a li encerrados. No alto, em frontão circular trilobado _e dentro do nicho, a alva imagem de Santa Mana de Belém com o Men in í) nos braços, a qual a piedad~ pública tôdas as noites fartamente ilumina . No côro, grande e m~~1:ifi~o órgão ale– mão, adquirido pela mag111ficencia do mesmo PontíficP . (Pio IX) Logo após a porta principal e no fôrro do côro a óleo, lê-se a inscrição : lnsfaurafa 6 J . f. C. B. Belém- Pnrá-Brilsil A. D. MDCCCLXXXVIII jussú Episcopi D. Antonio de Macedo Costa." ( Restaurada no · ano do Senhor de 1888, por ordem do Bispo D. Antonio de Macedo Costa) Mas , as obras, de restauração, iniciadas em 1884, com a ereção do novo altar-mor de mármore, só ficaram completas em Maio de 1892. Apreciemos , porém, quanto nos é passi– vei, o interior do templo, reformado pelos des– velos e carinhos do Snr. Dom Macedo Costa e dos artistas, seus auxiliares. A igreja é de uma só nave, não obs– tante suas espaçosas der,endência s. Seus dez altares laterais, ele fino e va– riado mármore de côres claras, enfrentam-se dois a dois de idêntica configuração, obede– cendo todos ao estilo r"omano da restauração, que é o de todo o edi fí cio. As imagens dêstes altares não são estátuas de mármore, gesso ou madeira; porém, magníficas telas , finas pin– turas a óleo e ao natural. Seu au tor, genuino artista de escol - o italiano De An ge lis-veio de sua pátria a con– vite do Snr. Dom Macedo Costa exclusiva- ' ' mente para fazer a decoração ela Sé do Pará.- Mostrou-se verdadeiramente magistral nesses quadros, dando a cada personagem sua ex– pres são inconfundivel. S. Sebastião, jovem, asseteado, a fitar o ceu em suprema angústia; Santa L'uzia, nobre e bela, tra ze ndo na salva os olhos que uma tradição, afirma Pascasio, fizera arrancar; São Domingos de Gusmão, a cujos pés se vê o ~ão simbólico com o facho ardente à bôca; Santo Antônio, admiravel de vida e de ~e_rnura para com o Menino Jesus que o acaricia entre os seus braços; S. Mi– gue l Arcanj o, em sua cota de malhas, de asas de ouro, a brandir a rija lança contra o dra– gão infernal; Santa Maria Madalena, com sua • abundante e loura côma desgrenhada, ainda a mesma do banquete da casa de Simão, o leproso, porém já a fitar o ceu em êxtase junto à gruta dos arredores de Massi li a; S. Jerô– nimo, de longas e venerandas ba rbas - antí– tese da profunda calva, junto ao seu cl áss ico leão, de joelhos, aprofunda-se na meditação

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0