Quero - 1942

5 J. F. C. B. Belém-Pará- Brasil ~~ o Mistério de JVataJ MEDITAÇÃO--\ N O~TE_ de Natal. Presépio de nossa in– fanc1a. Quem não sente uma recorda– ção sau?osa de anos idos , quem não es– per~ ~esta noite u_ma nova e suave emoção, ao assistir a santa Missa e ao visitar o presépio? Sem . profanarA as comoções íntimas da alma_. meditemos sobre o mistério inefavel do nascimento de Jesus. Hodie in terra canunt Angeli, reza a Igreja. . Hoje, os anjos cantam na terra . . . Se os an1os ~~nt~m._ convém que os . mortais guar– ~em s1lenc10 Junto ao presépio? Não ... que eles contemplem com simplicidade, em medi– tação piedosa, o divino Infante 1 Os nossos olhos de pecadores encontram os olhos tão puros do Menino-Deus e per– guntam: " Que vês Tu em mim que te possa encantar?" · E, refl etindo sôbre a pergunta, a escuri– dão dos séculos se ilumina. Passam peta mente ~ as palavras que evocam a história da humani– dade: a criação, o parai zo perdido, a . triste sorte dos povos sentados nas trevas. Diante ff.e 'Ghiago 'Way Assist. ecles. do presép io, compreendo que Deus; ao mandar o Messias, não com o poder da maj estade e grandeza, mas na forma de uma criança nas– cida de uma Virgem, quer esmagar o orgu lh o do homem revoltado. Oh ! Mistério de amor! E, sob o pêso da verdade, balbuciamos as palavras de S. João Evangelista: "O' Deus , amastes tanto o mund o até nos dar o vosso Filho unigénito !" O presépio, com sua simplicidade encan– tadora, é o gra nd e paradoxo para o orgulho humano. Deus é amo r e o amor é essencialmente comunicativo. Por amor, Deus criou o homem, segundo a própria imagem e semelhança para que, na terra, alguem O amasse. Cumulou êste homem com as riquezas infinitas d? ceu. l_n– felizmente, o filho do Paraizo não ficou satis– feito com as dádivas imensas do Jardim de delícias e da amizade de Deus . A grande tragédia da humanidade é er

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