Quero - 1942

uero Q e f er. ft Á tempos, dizia eu, em um artigo, que a Joc feminina seria no fu– turo ( eu o punha bem próximo) "a representante in – confundivel de tôda a iuventude operária." Naquela época, é possível que estivesse doente ue um mal, que é muito nosso conhe– cido, e do qual sofre, atualmente, o nosso Assistente {desta vez êle o pegou em Manaus) - o en– tusiasmo. Era ainda o comêço, ou antes, o desejo de começar a fazer alguma cousa, de alargar o movimento e conquistar a:, companheiras de tra?~lho, que me enchia de esperanças até a audac1a _daquela afirmativa . Agora, depois de ano e meio. com tôda franqueza eu digo : não t:na cora~em para tanto. E, isto, porque são tao resumidos os resultados, quando não com– pletamente .nulos, que não deixam margem para entusiasmos desmedidos, menos ainda para fagueiras ilusões . Notai, e11tretanto, que, quando falo em entusiasmo ... ilusão ... me refiro tão somente ao ardor 1 1lfJtne11tâneo, à miragem tôla que me encantou ou, melhor, encanta lôda militante qua_ndu_ começa a se dar, mesmo com medo. f\l1as, e o que faz superar os pequenos obs– taculos dos primeiros empreendimentos. Hnie, isto passou, mas deixou em seu lugar, se bem me parece, o amor firme ao l~eal, tanto 1~1aior quanto mais se passam os dias e as d1f1culdades surgem de todos os lados, colocando não em futuro próximo_ como julgou a minha fantasia - mas remotís– simo, cada vez mais distante, a sua realização. Dificuldades de ordem material? Nem tanto. O grande obstáculo, em que só agora penso, é a falta de generosidade e. cum ela o medo da responsabilidade . Cheguei a est~ conclusão pelo fato de haver um bo111 número de sóciits (eu falo nas jocistas) que estão sem fazer m1da e de outras que fazem as cousas 12 J. F. C . B . Belém- Pará- Brasil de tal geito que é como se nacla fizessen:i. Era preciso que umas e outras quisessem abnr bem os olhos para ver o que de miséria mo– ral vai p~r essas fábricas e a sorte daque– las almas que tambem foram, .como as nossas. remidas pelo sangue de Cristo. Compreende– riam, assim, a necessidade do trabalno que se lh es pede e não teriam coragem para se ex– cusarem com descu lpas injustificavei ~. A messe é realmente grande, é imensa, e de tal forma que, sem querer ser pes_simi~ta (eu não tenho esta licença ), não receto af ir– mar que só aliando, ao nosso es~f>r~o, grande cabedal de dedicaçã o e de renuncias p~de– remcs preparar o terreno pa,a as sementeiras futuras . Esta franqueza, qu e poderá_ parecer rude demais a algumas e até um gnto _de deses– pêro, mas que é apenas a expressao da ve~– dade, não sirva para amedrontar, antes esti- mule e dê coragem a alg uem. . Ve1·am aí : só para ajudar nas benefic1?· d · d' ia doras de castanhas precisamos e mern uz de Militantes 1••• Que vamos fazer? ...Continuar: com o contrário eu nunca me conformaria. Rezemos e peçamos ao HOMEM– -DEUS que nos fortaleça e ensi ne a gr~nd~ e sublime lição de gene ros idad e, de ded1caçao, de sacrifício vo luntário, que nos deu do alto da Cruz. :l!,w.nice. 1'. o.c.úa Delegada jóclsta

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0