Quero - 1942

J. F. C. B. 12 Belém- Pará-Brasi l t A NOSSA LINHAGEM - CRIST N O tempo em que Daciano foi man– àado à Espanha, para fazer uma cruel carnificina de cristãos, havia em Bar– celona uma jovem de descendência nobre, chamada Eulália, que era cristã . Tinha 14 anos, muito bela e cheia do amor de Jesus Cristo, o qual tomara por espôso. Cheia de fervor e de desejo do mar– tírio, sendo também inspirada por Deus, Eulália saiu às escondidas da casa do pai, e dirigiu-se ao tribunal , para exprobrar a Daciano a crueldade e tirania que êle exercia . Surpreendido ficou Daciano por ver uma jovem tão bela fa lar-lhe desembara– çadamente, censurando-o pelas maldades que prati cava , por ordem dos imperadores. A santa tendo dec larad o que era serva de J esus, o ún ico Senhor dos se– nhores, aquele jufs iníquo mandou açoi– ta-la cruelmente, coloca-la sôbre o cava- HUR(IHO rn Santa Eul ália lete e queimar-lhe os flancos com tochas ardente~. Os carrascos mergulharam-na em cal viva, derramaram-lhe sôbre a cabêça azeite fervendo e chumbo derretido e nas nari– nas mostarda misturada com vinagre e esfregaram tôdas as suas queimaduras'. Finalmente, queimaram-lhe os olhos. Mas a heroica virgem saiu milagrosamente ilesa dêsses tormentos, e seus algozes, ra– pidamente, foram reduzidos a cinzas. Vendo isto, Daciano ordenou que a ar– rastassem para a cidade, depois de lhe cortarem a cabeça. ( Ano 304) O Martiriológio romano diz que ela foi crucificada e que sua alma foi vista subir ao ceu em forma de pomba. Santo lzidoro afirma que o Senhor, querendo proteger seu pudor mesmo de– pois de morta, fez com que um manto branco de neve e~volvesse seu corpo santo.

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