Quero - 1942
das fôrças hostís da natureza, e as fadígas das suas ascensões espirituais para os cimos lu– minosos da Verdade e do Bem. A barbaria no~ costumes das tribus decaídas e o descoilfôrto da caverna do troglodita quartenario-e talvez nem isso-marcadam, com a imobilidade das colunas de Hércules; as balisas do progresso hu– mano!" (Pe. Leonel Franca, O Divórcio, pag. 8) A educação transmite às gerações em flor o património moral da humanidade . Recolhe de algum modo o benefício do esfôrço, da luta, do labor humano no decorrer de vidas sem conta, para dele dotar a criança . E' po~ assin– dizer a cristalização de milhares e milr<1res de experiências passadas. Graças a êste legado moral, consegue o novo ser desenvolver se– guramente as suas possibilidades e por sua vez alargar e enriquecer o campo das conquis– tas humanas. E' primordial o papel da educação na vida do homem. A quem compete educar?-Se educar é com- pletar o dom ini– cial e físico da vida, justo é que esse traba– lho incumba principalmente aos trasmissores da vida. Educar é um direito inalienavel dos pais, porque é um dever e uma responsabilidade emanantes do fato da f>rocreação. Juntamente com a autoridade que lhe é própria, possui a família as condições mais favoraveis ao desenvolvimento humano. O lar, como tão brilhantemente demons– tra Foerster no livro Morale Sexuelle et Pé– dagogie Sexuelle, o lar, edificado de acôrdo com as leis essenciais da instituição familiar, é para os moços uma Iicão permanente daF mais fortes e nobres virtudes morais. Escola de trabalho, de paciênci;i, de fidelidade, de desinteresse, de mútl'o <1uxílio e dedicação, pode-se dizer que, pela .. simples <:onvivência entre prncreadores e procreados", a vida de fa– mília é eminentemente s;;ilutar à conciência em formação. Embora a Igreja e o Estado, cada um no seu camµo de ação, terlrnm direitos impres– critíveis sôbre a formação da personalidade hu– mana, é à família que con 1 pcte desempenhar, de modo mais continuo, , aturai e completo, o. papel de educadora do homem. 10 .J . P. C. B Belém Pará- Brasil Preparação da perso- -E' dever estrito de n Cidade juvenil para quantos se propõem um dia à fundação de as ll'esponsabilidades um la r o prepararem- pedagógicas - se para as responsa– bilidades educadoras . na família: Tôàas as disciplinas humanas ex igem pre– paro técnico apurado, e a disciplina das dis– ciplinas - a que forma homens - poderia ser deixada ao sabor das improv izações do mo– mento ? O dever desta preparação obriga a todos os fut :rros educadores, mas sobretudo às mães de família de amanhã. A ação educadora da mulher no l ar é muito mais constante e íntima do que a do homem. Ninguem penetra tão fundo quan to a mãe na conciência pueril, ninguem marca de modo tão indelevel a s11:a influência na alnn– zinha intacta. E se as primícias humanas lhe pertencem, é que a sua psicologia se adapta adm iravel– mente à natureza in fant il. Feita para vive r da vida ,alheia, para vibrar por outrem, para tra– balhar por outrem, o difícil ''mimetismo" pelo qual o adu lto se transforma em creança para lidar com a creança não r pugna ao seu e _ pírito essen1;iaime11te plástico e fantasista. A mulher tem . o senso inato da creança. Sabe como ninguem interessa-la, diverti-la, consola– -la, instru i-la e convence-Ia, porque o faz es– po~ta~eamente, moyida não po r um esfôrço rac10crnado e labonoso, mas pela fôrca ins– tintiva e por assim dizer irreprimíve l da sua vocação materna . Hoje em dia, um triste res peito humano leva muitas jovens a menospretar os encar– gos da maternidade, a sua labuta, os seus obs– curos sacrifícios . Não percebem que pensar assim é renegar a verdade profunda cio nosso sexo, é desistir de ser "mulher", no comp leto desabrocl1amenio d·1 nossa genu ín a superi o– ridade. Toda jovem conciente procurará reagir contra essa "moda" d· mau gôsto. Mulher,
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