Quero - 1942

7 J. r: . e . B. Belém-Pará-Sr si l ......,,....,..._,.....,._~------ ~~--------- ............... ----~~~ CONTO AVIA em uma Ccipi tai. mais ou menos imp o rt a nt e , um prédio mwito lin do , um pa lá– cio qu a si, cujo s morador es eram : um grande c~pita lista, sua espôsa, uma governantl'I e umas deze nas de empreg;ict -is. Todo u confôrto, que se possa imaginar, a li ex istia . e. e .. O proprie tário tinh ~ como única preocupação rrn dar pel os clubes a jogar. pois a té a adm inis tracão de seus inúmeros haveres estava entregue 'a um pro– curador Entrava e m casa nunca antes d e 2 horas da madrugad:>i. A espôso ocu pava-se e m dar algum a ordem à governanta, afim de ser transmitida aos criados. que , desde as 4 horas · da manhã até as 11 e meia da noite, não sos– segnvam, cabendo-Ih apenas como ' 't raba lho" andar pe los bailes, cinemas, 'ternices, alg uma~ r euniões sociai s , e tc. Assim passavam .1 vida estas duas cri a turas, que rari si mas vezes se e nco11 travarn juntas para trocnrem alguma idéa. O s grandes deve res sociais não lhes permitiam ficar em casa e como. à hora a qu e ela ia parn os seus divertimentos, êl e ti nh a d e ir para o club ou tratar de algum assu nto impo rta nte com um ami go. nu nca s aí8m juntos. A-pesa r de tôda a riqueza , de todos os desejos rea li zados, a-pesar de não exi~tir os "empecilhos", como chamavnm aos filho s, ha– via algo de exqui sito naque le palácio. A se– nhora nunca estava sa ti s fe ita; muitas vezes, queixava-se às amigas que tinha tudo, mas de– sejava alguma criisa que não s::ibia expli car. O marido, po r s ua vez, nnd ava ~empre de mau humor. 1 No mesmo quarteirão, um pouco mais f.ldia nte, havia um outro prédio, não de todo pobre, mas sem a riqueza que hJvin naquele. Ne le moravam um sen hor. ~Lia esposa, seis filhos e duas emprcg idas. Êle era funcionár io de uma Repartição q ualque r; ganhava o sufi- ciente para vi ve rem modestamente.. . _ A espôsa ocupava-se da adm101straça~ e arrum11ção da casa, pois o ordenado do n~a:1do não davu para pagar muitacs auxil iares; vigiava R ed ucação dos filhos e fazia suas r?upas. Afoitas vezes, qu li] 1 o as empregadas tinh am tempo vinham espontunearn,:nte aiutfo- la,_ pois lhe queriam muito bem, por ser boa. Vi viam aque les esposos um para ?. outro e un~bos ynra Deus e s eu lar. Eram catohcos, mas nao desse s muitos . q ue por aí andam. Eram cató licos de co– muni:tarem cliàriamente, e rezarem o têrço .::: Lt– zere1~ as orações d a m:rnhã e dn n oite todos re u– nidos, de reznrem antes e depois das refeições. Tôd as as· noite . º" filhos iam preparnr suas lições para o diu :eguinte; a mãe Jwa au la a umas crianças pobres e à cozinheiru, e o pai, no po rão, i nstru ía un · operários, que não podiam pagar professor. Ê le só saía à noi e para uma re un iões católicas, ou com sua e·– pôsa pa ra fazer alguma vi ita. Havia aula no– turna de catecismo, a si ti d a por operário . Todos os an s, em Ma io e Dezembr ), a se– nhora preparava uma turma para a t• Comu– nhão. A de Natal, tinha sempre uma fest maior, pois terminava com a distribuição de pre ·ente ..... Assim ·om e tll vida de economia e de amor de De•1s, nunca Ih s faltava o nece s:ino e re inava entre êles f1 verdadeira paz. (CONCLUI NA PÁGINA 11)

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