Quero - 1942

tura, é o cabeça do lar e da pró pria mulher, vir esf caput mulieris. Perto de le, a mulher não é nem uma criada, Aem uma escrava . Ela é, no- lo diz a teologia mora l, sacia subordi– nata, ela deve verdadeiramente, a li ás , numa jus ta subordinação, estar associ ad a à a dmi – nistração do lar e de seus bens, à educa ção dos , filhos . Muitas reivindicações do feminismo con– temporâneo encontram neste a s pecto dos di– reitos da mulher, ao mesmo tem po, sua base e s eus limites. Êstes dois princípios nos parecem ri cos ao mesmo tempo de reservas e de a plicações . Depois de ter lembrado êstes imutave is princípios, a Igreja, já o notamos , pede ain da que se envolva a vida e a ativi dade da mu– lher de respeito, de dignidade, de pudo r. E paro fazer um julgamento de conjunto sôbre as reivindicações feministas da hora atual, não ' será suficiente invocar o destino da mulher e 4 J. f. C . B . Belét"-Pará- Brasi l seu lar. E' preciso, além disso, nunca esque– cer que a fragilidade natural, a delicadeza de sentimentos, a estrutura geral de sua pessoa, de suas tendências, não requerem absoluta– mente que a educação, a preparação à vida, o exercício mesmo da atividade sejam sub– metidos às mesmas leis, aos mesmos pro– cessos para os homens e para as mulheres . Parece, consultando as tradições, as di– retrizes de vida em uso na Igreja, os conse– lhos tão autorizados da Liturgia matrimo nial, parece que devemos ter o cuidado de con– servar atravez tôdas as evoluções, à mulher, sua preponderância na vida íntima do lar, ao homem a primazia na vida exterior e sobre– tudo da vida política. Mas , feita esta tríplice reserva, a moral cristã não tem, em relação às reivindicações feministas, nenhuma oposição sistemática, e ela es pera que os acontecimentos lhe mostrem neste domínio delicado o que se deve repelir e o que se deve conservar. Vaul Claudel~ a Jacques Riviere, quando êste, « jovem escritor de grande talento, duvidava sôbre o cami nho que havia de seguir, quanto ao ponto de vista moral e re lig ioso 1> : « Lembre-se de que você não é sozinho . Pense na multidão dos que vivem nas trevas e na infecçãoi você é ta lent oso, você é um DELEGADO DA LUZ, junto dos que estão na treva . Oue é que você há – -de dizer a Deus, quando tôdas essas almas sem luz, que passsaram junto de você, lhe perguntarem : «OUE E' FEITO DOS DONS Q UE DEUS LHE DEU? » I

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