Quero - 1942

.. J. f. C. B. 2 - Belém- Pará- Brasil - ,, srno " Ü MO V I M ENTO FEMINISTA QUANTO A UM CERTO N ÚMERO DE SUAS RE IV IN DIC AÇ Õ ES, NOTADA – MENTE O VOTO FEMINI NO, NÃO É I N– JUSTO E PO DE SER OPORTUNO, SOB A CONDIÇÃO, CONTUDO, . Q U E S EJ A M SEMPRE SAL VAG UA RDADAS, DE UM LADO, A HIERARQUI A FAMILIAR E, DE OUTRO A MISSÃO D E ESPOSA E DE MÃE Q~E É A H ONRA DA MULHER." r 1 O que se pode chamar "emancipação femin ina' ' não data de hoje. Todo_ o mundo sabe que o cristian i smo muito tem feito pela mulher. Procla:11ando que a salvação individua l é para o ser hu– mano - - e portanto para a mulher como pa ra 0 homem - o g·rande, o único assunto impor– tante; chamando as mulheres como os_ ho– mens à participação de tôdas as suas nque– zas e de todos i os seus soco rros de ordem es– piritua l . fazendo do casamento um sacramento d~ 9uaÍ os dois esposos são a igual título os mm1stros. etc ., a lgrej!3 estabeleceu um~ co'.– r~nte de igualdades fundamentais, ui:1 femi– nismo", se se quiser dizer, que deveria, pouco a pouco, fazer desaparecer as desigu~ldades verd~d~iramente injustas que o ?espotismo e a pa1xao dos homens tinham cnado e que 0 pctganismo tinha con sagrado. . Além. disso, o cristianismo prodigalizou a mulher, a mãe, sobretudo, uma auréola que lhe ya leu na sociedade cristã uma proerni – nencia de re&peito, mesmo de honra à qual a A Cavalaria,. talvez mesmo com ãlg:im exa– ge ro, confenu seu verdadeiro característico. Parece que a gl ória da beleza moral e da di– vina m i ss ã o da Virgem Maria espalh ou-se s_ôbre todo o sexo feminino. No entanto múl– tipl as e enorn)í ssimas desigualdades subsisti – ram se~pre n~~ detal~es da vida, seja indivi– dual, seja famillar, seja social. . E' de notar, digamo-lo de passagem, que na epoca do pleno desenvolvimento da socie– dade cri~t~, a mulher tinha, notadamente na ordem civ1! e pol_ítica, restrições que os sé– cu los segu1n_tes viram cada vez mais raras e cada v~z mais limitadas. Não terá sido o néo– -paganismo da Renascença uma das causas des ta regressão? De qualqu er forma, no mundo saído da Renascença e da Revolução francêsa a mu– lher achou-se, em relação ao home~ 1 num estad~ de patente inferi oridade. E sob' a in– fluência de causas múltiplas, mais partic:ular– mente dessas co rr~ntes de liberdade e de igual– da~e que revolu cionaram e muitas vezes de– son e~ t_aram todos os espíritos , as mulheres ~d_qu inram ~ma conciência mais nítida dessas !~Justas de~1gua ldades, e formularam uma sé– rie de quei xas que eo n s t it u em como que •

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