Quero - 1942

FEVEREIRO I 942 Revista mensal J. f. C. B. Belém-Pará-Brasil li te pode . g era ••• • • • !"entira como terra": a sabedoria popular ª:sim. nos põe os ouvidos prudentemente alerta, nao. ainda ao ribombar dos canhõ~s. mas ao ti– roteio ~e boatos e "diz que diz que", com que muitos pro:uram to:nar mais empolgantes ~~as con~e_rsaçoes e mais argutas suas previ– soes profet1cas, nesta época de surprêsas e te– legramas "última hora". . _Não raro,,ª. caridade é enxotada a golpes d~ 1u1zos ten~eran~os ~essas catilinárias agitadas; ~ao rar~, a 1gnorancia da complicada urdidura 111ter~ac1onal, com ares de sapiência catedrática, nos induz a êrros grosseiros e prejudiciais. Uni ódio cego, um malquerer ferrenho solapam a família humana e tornam a paz cada vez mais longínqua e esbatidc1 ... Divide-se a Humanidade em varias hu– m~ni_dades que se degladiam, esquecidas da Patna comum que a todos espera, do Calvário comum que a todos remiu . Há quem arvore, levianamente, cartn es com as grandes palavras de patriotismo e honra e de~afronta, disfarçando com a pintura recente a ambi çao do lucro e a mesquinhês da vingança. Sejamos se renos! Que o remoínho das paixões e o embotamento da ignorâr.cia não nos seduzam a perigosos desvios. Deixêmos àqueles, a quem Deus chamou ao poder, a iniciativa de governar. Fortaleçamo-nos, nós, pela reflexão séria; armemo-nos de coragem verdadeira; não des– perdi:::emos palavras - para que o momento da obediência nos encontre concientemente heroicos. Quando outros se agitam - esperemos serenamente; quando outros falam - aguardemos, si– lenciosamente; · quando outros profetizam - recordemos, humildemente, a História da inconstante Hu– manidade; quando outros odeiam - amemos, desme– didamente. Sim, amemos as pobres almas angustiad as , os pobres corpos agonizantes, e já que o ódio nos separa nest~ mundo, abracemo-nos para a Eternidade no elo piedoso da oração. lleR.e.n.a :l.o.u6a

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