Quero - 1942
, ,.. G e nove v a cons iderou-se, desde então, como verdadei– ramente consagrada a Deus . Um dia de fe~ta solene, a mãe, indo à igreja, quis dei– xa-la em casa; mas a criança pedia com instância e lágri – mas para cumprir, dizia ela, a promessa feita a S. Germano. Sua mãe, tendo-a esbofdeado por um movi mento de impa– ciência, foi castigada no mesmo instante e ficou cega, perma– necendo dois anos nesse es– tado.Lembrando-se. enfim, das palavras do santo bispo, ela pediu à filha que fôsse bus– car água para lavar os olhos. Genoveva correu ao poço, mis– turou suas lágrimas na água tirada para a cura da mãe, fez por cima o sinal da cruz, e a mãe, tendo-se lavado, re– cobrou incontinente a vista. Tendo recebido a consagra– ção das virgens das mãos do santo bispo de Paris, péla idade de 12 anos, Genoveva, daí até aos 50 anos, observou não tomar alimento senão 2 dias na semana, o domingo e quinta-feira . Aos 50 anos, so– mente para obedecer a seus superi ores, decidiu -se a juntar a seu rniseravel regirnen, um pouco de leite ou de peixe . Ela velava prostrada contra o solo, tôda a noite de sá– bado para domingo. Seu re– tiro pascal durava do 1 º sá– bado da Epifania à Quinta– -feira Santa. Entr~tanto, Genoveva foi ca– luniada e só a intervençã(1 de S. Germano de Auxerrois pôde pôr um termo a isso. 20 Para confundir os calunia– dores, o bispo lhes mostrou o inte rior da cela da santa e o soalho apareceu todo regado das lágrimas que ela vertia, enquanto ora va. Em 451, Átila, rei dos Hu– nos, fazendo tremer a Gália, os Pari sienses resoiveram abandonar sua cidade para se refu giarem em urna cidadela mais forte. Genoveva conci– tou as mulheres a renuncia– rem a esta intenção e a afas– tarem os males que os amea– çavam só pela fôrça da ora– ção. Não o conseguiu facil– mente, tend o escapado de ser lapidada ou afogada pelo par– tido dos fugitivos. O acontecimen to justificou a sua popularidade , e os Hu– nos, detidos por urna fôrça oculta que não era senão a poderosa in tercessão da vir– gem modesta e santa, muda– ram o rumo e não se apro– ximaram de Paris. Cheia de piedade pela me– mória de S. Diniz, Genoveva resolveu mandar construir uma igreja sôbre o túmul o do mártir. Vários milagres assinalaram a realização dessa tarefa di– ficil. Certa manhã de domingo, quando muito -cedo caminha– vam para a missa naquela igreja, a chuva e o vento apa– garam os archotes que as suas companheiras traziam, e ela , apen2s soprando, os reacen– deu com s4rpresa e admira– ção das donzelas. • • J. f. C. B. Belém-Pará- Brasil Durante um cêrco de 5 anos que os Parisienses sofreram dos Francos, Genoveva foi à Areis no Aube procu rar man– timentos e, atravez de mi! pe– ri gos . arrecadou onze barcos de trigo.' A sua reputação de santi– dade chegava por êsse tempo até o Oriente· e S. Si111ão o Estilita , pedia aos mercado'res vindos · da Gália que o reco– mendassem às orações da donzela. Childerico a venerava, mesmo sendo pagão; e, re– ceando um dia ceder às suas instâncias para perdoar pri– sioneiros condenados à morte, deu ordem que os conduzis– sem para fora dos muros da cidade e fechassem as portas. Estas, porém, se abriram por si completamente diante da Santa que, alcançando a escolta, caiu de joelhos di:rnte ào rei e conseguiu salvar as vítimas. Genoveva morreu a 3 de Janeiro de 512 numa ditosa velhice plena de virtudes e contando perto de 89 anos todos consagrados aos santos serviços. Foi sepultada numa igreja que, a SeUS rogos, CIO Vi S mandou Ieva n ta r em honra dos apósto los Pedro e Paulo, mas que a piedade dos fieis Parisienses co locou d e pois sob a invocação da Santa.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0