Quero - 1942
, rf U e ~ O . s J. F. C. B. · 7 Belém-Pdri,- Brdsil •1111, 1•••••• • "••••.. • 111,11111111111111,111•111111111111111111111i1111111111111111111111111111u1111,111111111111 •••••••••••11111111111111111r11"SIU ••••• ••••••••1 ■ 11•1111111111•1111r1-111·11 frases pomposas, as quais deixam os nossos corações vazios e enfêrmos . E' preferível deixar-nos sozinhos, com as nossas lágri– mas, que com o vão confôrto. dessas esté– reis teorias ! Consola_ção, encontra-la-emos na re– ligião cristã, que é a que tem o segrêdo de mitigar, suavizar as nossf!s penas e os nos– sos sofrimentos. porque sómente ela soube fazer da Esperança uma virtude. Esperança Cristã ! Êste é o verda– deiro bálsamo para os nossos sofrimentos, a estrêla no meio da noite, a flor entre ruí– nas; a fôrça e a alegria dos atribulados; e é nesta virtude que nós, peregrinos da vida, cercados de tantos perigos, no meio de tan– tas desgraças, no meio de tantas lutas crueis e sangrenta,;:, encontraremos a nossa con– solação. Sim, na Esperança, sómente, podere– mos encontrar o nosso consôlo e os efeitos serão salutares. Os exemplos ;í estão: S .. Paulo beija as suas cadeias; o Será fico de Assis grita, contemplando o ceu: "É tanto o bem que espero, que todos os sofrimentos, todos os martírios me deleitam." Os mi– lhares de mártires fazem empalidecer o~ carnífices, zombando da dor , orando pelos tiranos e pelos seus algozes. Milhares de religiosas, fühas da Caridade, abandonam suas pátrias, seus lares e confôrto, can– tando , sofrem tôda a sorte e natureza de martírios na evangelização missionária, em troca da Esperança, para alcançarem a bem– aventurança eterna. A Esperança cristã conduz o nosso pensamento além dos horizontes, e mos– tra-lhe aquele momento em que cairá o vôo, tm que o exul, estendendo a mão à pátria, ser~ saciado daquela felicidade por que ardentemente• suspira ; mostra-lhe o ' momento em que o cristão, depois de ter triunfado do mundo e de si mesmo, rece– berá, finalmente, a coroa, como o soldado valor9so que, atravessando um caminho de fogo e de sangue, chega aos muros da ci– dade sitiada, planta a bandeira sôbre os ba– luartes e levanta o grito da vitória! Com o s.orriso nos lábios e a sereni– dade nos olhos, a Esperança cristã, esta formosa filha do ceu, vai assentar-se ao pé do atribulado; e, como as mães heroicas exortando seus filhos ao martírio em prol da Pátria querida, ela o encoraja a le– vantar ao ceu os olhos banhados em lágri– mas, anima-o com o pensamento do fu– turo galardão , dizendo-lhe: Animo, meu filho!. . . A recompensa que te ._espera é imensa e infinita! Coragem! . . . e' ver– dade que deves caminhar sôbre espinhos, combater com inimigos crueis. A estrada é breve .. . se não alcanças a vitória aqui na terra. terás o galardão do ceu ! Oh ! Esperança, verdadeira filha da eternidade; Esperança , dos que almejam sua Pátria exaltada e imunizada de todos 9s perigos e dos péssimos inimigos; Es– perança, consoladora dos aflitos; Esperança, companheira do soldado; Esperança, amiga dos desventurados; Esperança, compa– nheira inseparavel do t!x'ul; Esperança , fôrça dos fracos; Esperança , confôrto dos agonizantes; Fsperança, amiga dos sepul– cros e Esperança, alegre mensageira do céu! .. Tu, sublime virtude , não te afat tes de nós· sê sempre o farol do nave– gante incerl~ e do nosso coração , guia _dos nossos caminhos, norma das nossas a~oes ; para, após termos suportado com res1~na– ção todos os sofrimentos de nossa vida , seres a nossa estrêl a até o têrmo da nossa peregrin ação ! Anto.rú,o. ~ •
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