Quero - 1942

, 4 J. F. C. B. Belém - Pdrá - Br11sil 1111111111"111 1•• ················ ····· ·•1••······· ·· ······· ····· ······························•·1••·············································· A "quERO " saúda com um alegre " bemvindo" o seu novo colabora– dor, bem conhecido das moças da j. F. C. de Belém que fôram ao Con– gresso Eucarístico de Manaus, naquela memoravel viagem, em que foi pró– digo de gentilezas o Comandante Giordano. o ·J ()f r-irnento e a ~§pe(anca S E no mundo existem prazeres e delei – tes , que nos seduzem e atraem , exi s– tem também dores pungentes e so– frimentos que nos oprimem. O homem vive pouco tem po sôbre a terra , mas a su a vida é che ia de mi sé– ri as : ' ' BrPvi vivens tempore repletur ,nul– tis misereis.'' Estas palavras de job são o grito da humanidade . O grande li vro, a Escritura, com severa verdade , chama o globo terráqu eo um vale de lágrimas e compara os di as do homem aos do me r– ce nári o qu e, apenas à noite, pode comer o pão banhado com o uo r de s ua fro nte. E quem, entre os viventes hµmann s , não teve a s ua parte nesta hera nça de so frimen – tos q ue é tra nsmi tido de ge ração em gera– ção? Q uem, jamais. se se ntiu vergado sob o pêso dos info rtú ni os qu e acompanha em todos os séculos a humanidade? O primeiro som emitid o pe lo homem quan~Jo vem ao mundo é um gemido de dor; um gemido é se u der radeiro suspi ro ! Desde o bê rço , até o túm u lo, a vi'.ia é uma senda brevíssima , ensombrad.1 po r tri stes ciprestes , semeada de espinh os, banhada de lágrimas ! Quantas nusérias em redor de nós ! Quanta s lágrimas é ne cessano derramar; quantas sepa1·açoes é necessário sofrer; quantas du ras ilu sões, quantos amargos deseng:anos ! A ~dor encadeia-nos à dor; assim como uma sucede a out ra, assim uma pen a a ou tra pena. A juventude tem se us anceios sec re tos; a velhice os seus sofrimentos e os se us cabelos brancos . Os negros cuidados pene– tram tanto no tugúrio do pobre como no palácio do ri co. Pode-se di ze r do sofrimento, o que se diz da morte: o pobre es tá de– baixo de sua lei, e a sentine la que vigia ao pé do trono é incapaz de defender o mo– narca. Em tôdas as condições, em tôdas as idades, os homens legaram uns aos outros , como testemunho uniyersa l, o grito lllgubre: Eu sofro ... E' um tributo universal de lá– grimas que devemos elevar, a cada momento, aos pés do Creador, como dívid a sagrada da humanidade! Ond e encon traremos ou haverá uma · conspla'Ção pan tanto sofrimento? , , Por acaso, iremos pedi-la aos homens? Aos homens da ci ênci a, da fil osofia? Não! A ciência, a fil osofi a são fri as como o gêl o,. diante da dor. Êles tem grandes palavras,

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