Quero - 1942

, . , <1-uero 9 F. e. B. Belém---'- PdrcÍ - Brdsil 1111 1 1 1 111•1f 1 111 t1 11 1 11 1 1 1 1111 11 t 1 1 1 11 1 1 11 1111111111 1 11 11 111 11 1 ■.t I a,t t l <I 1111\1:1 1 1 1111t1 1 1,1.1 111 1 1f1 1 1 1 11111 ••·•·•• ■ II l 'I l ,f 'I ■i.,t 1,11 1 1 1 1'1 II li 1.:a•■ 1...1'1"11 IIM'l íf,ij JUVENTUDE INDEPENDENTECATÓLICA FEMININA Üuanto maior a tempestade, MAIOR A BONANÇA Maria Leonor Hes1{eth. Delega.ta jicista DE pai a filho se transmitem inúmeros provérbios. Dentre êles, chegou êste até J1ós: quan to maior a tempestade, maior a bonan~a. ~em sabermos se tem ou não fundamento, re– peti n o-lo mu itas vezes. Possui, pelo _menos, a grande vantagem ele inspirar dois belos sentimentos : a espe– rança e a coragem . E por que não ser ia verdadeiro êsse provérbio? Quem não apreciou já_ o despontar ?ª auro~a, 0 frescor da brisa, a ca lma_na do n:ar, depois de noite tempestuosa, escul'II, angustiante? Foram- nos momen– tos dolorosos de nossas vidas, em que tudo esteve tenebroso e desconcertante em face dos nossos pro– bl emas insol uveis. Depois, aos poucos, qual o rom– per da manhã, sem compreendermos como, as coisas se arranjaram. Surgiu uma grande bonança, para compensar a grande tormenta. Hoje, a tempestade não se levanta somente no ind iv íduo. O mar encapelado avassala a humanidade inteira. Noite escura, ceu fúnebre, lampejos, relâmpa– gos, trovões, ondas revoltas, trevas. ·1 udo perdido 1 Assim vi\le a humanidade nos dias que passam. Tud o perdido! Nação co~tra _n~çã?, 1 e i c o~, t r a_ ~ei, . invento contra invento, rntellgcnc1a contr~ 111teltgcnc1a, ciên– cia contra ciência, fôrça contra força, fome, sangue, luto, dor. Eis a •rtterra I Guerra para a qual nenhuma so– lução human: desponta no horizonte. Pereceremos todos nêste mar tétrico, que es- 1 * cancara a garganta para engu lir a barca da hu– manidade 7 ! Ah ! Viajamos em uma barca . . . Lembro-!11e-, agora, de uma história. Uma história muito antiga, passada há dois mil anos ... Viajava j esus com seus discipulos, certa noi te. De cansado adormeceu . Enquanto dormia, l evantou -se enorme tor~1cnta. Tudo fizeram os pobres viajantes para manter a barca com firmeza . 1 udo que era pas– sivei. Mas, em vao. A tempestade era mais pod_eros_a que as fõrças e a perícia daqueles veteranos mar1nhe1- ros. Então, já exaustos, pr estes a naufragar, lembrou– -se Pedro de seu companheiro, o Mestre, que se dizia Deus: " Senhor, sa lva- ncs que perecemos I" E Jesus, chegando à pr0'8 da embarcação, "estendeu o braço e mandou que o mar acalmasse e o vento cessasse, e se fez uma grande bonança." Não deixou, porém, antes, de lhes censurar a falta de confiança: "Por que temeis, homens de pouca fé?" Não sabiam que Cristo os acompanhava 7 Como se podiam afundar naquela barca? Vint e séculos se passaram depois dêsse acon– tecimento . Jesus Cristo, entretanto, não passou. "Por que temeis, homens de pouca fé?" Não sabemos, tàmbém, que o Mestre viaja co– nôsco 7 Que Ele parece dormir enquanto brada a tem– pestade, mas que vela e ouve a nossa agonia 7 Por que duvidar, então, que em dado momento - oh! mo– mento abençoado dos designios de Deus !-Jesus es– tenda seu braço e faça cair ôbre a humanidade uma grande bonauça 7 Uma bonança muito grande, muito maior que a grande tempestade- que é a guerra atual. Repitamos, porém, o grito de S. Pedro: Senhor, salva-no • que perecemos!

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