Quero - 1942
[ -OUTUBRO~ 1942 J. F. e. 8. REVISTA MENSAL Belém - Pdrd - Brdsil li l Ili l ff ll Ili l tf •tll li lt l flll I l i llt•I Ltll l l ..• •• •• • • • •• • • •• • • ■ 1 111111 111•1 •• • ••• • •1 t i ll l l l• • •• •·· • • tt l•· •••• ■ I Ili t ll 11 1111 t • ••• • •t l Ili llt 111111111 ' Jentinela e r-ei ' pê>R em dúvida a existência h i s t órica do C •is 1 0, sofü=~a.r a sua pa lavra que nunca tergiversou, procurar em sua atitude uma fend,a para o dardo da crítica - seria a ma is louca das loucuras. E êsse homem, a que nenhum homem se igua laria, ergue-se com uma des– co n certa n te s.antidade e poder, se nêle qui– ser1110s vêr, apenas, essa humanidade com que se objetivou . a nossos olhares; vivendo, no ent{lnto , com uma simplicidade também des– concertante para os que ex igissem. como si– nete de uma natureza ou missão superior, um certo nimbo ou estrondo ou pompa , com que costumamos marcar, no acanhaço de nossas "criações", as nossas magestades de ouropel e lantejoulas. ' • Desde p_equeni;o "posto para a ruina e ressurreição de muitos", êste Cristo, dos abismos e das contradições, está no piná– culo da Históda para alvo de lapidações e ósculos, de blasfémias e louvores . Porque, nem todos o entendem : depois de suas pa- , lavras no Calvário, haverá sempre, do lado di- , , • reito e do lado esquerdo, um ladrão que ama e um ladrão que odeia, um moribundo que se enteza repuxado pela revolta e outro que lhe diz: Senhor! mais dobrado pela contrição da a lma que pelas c o n v u Is õ e s do corpo. Isto é, um, que o orgulho cegou, e outro, que viu, na pacificação de stu &rrependi– mento, o Cristo, o Ungido, o Messias, na- .• quele bomem roído de chagas e rasgado pelo arado dos espinhos. O primogénito de Maria inzyira, de novo, não mais nos braços de Simeão, mas nos bra– ços da cruz, as estrofes 11\ais dolorosas do "Nunc dimittis", separando pelo alto dique do madeiro as duas correntes dos humildes e dos orgulhosos: jamais se unirão - seria pedir à luz e às trevas que enchessem contemporâ– neamente o mesmo ceu . No entanto, foram bem sábios os humil– des que viram . o Senhor sob a aparência do escravo, que não tomaram a pobreza, a mudez e a nudez por impotência , a passividade da '
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