Quero - 1942

<1uero 11 . .J. F, e. e. .,•• .,,. ,,..•.. . •• , ••. •••• ••••••••••.. •• ••-- •• ••·•·••·•·•••·•·•••• •·•·•·•,............. •• . Belém - J'à,rd - Bras il cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igrej a " (Efes. , V. 22-23). . . " Essa_submissão , aliás, não nega , não ~lim1na a liberdade que cabe de pleno direito ª. mulher, tanto em razão das suas prerroga- - tivas como pessôa humana, quanto em razão da_s suas funções t~o nob res de espôsa, de mae e de companheira; ela não a manda do– brar-se a ~odas os desejos do marido, sejam quais fôrem_, ll)esmo aos que possam ser pouco c~nform~s a razão ou à dignidade de espôsa; ~ao ensAina que a mulher deva ser egualada as pessoas a quem, na linguagem do direito chamam_o~ "~nenores" e às quais, por caus~ do s~u 1u1_z<? msuficienternente formado, ou da sua_1mpencia nas coisas humanas, se recusa ord in ariamente o exercício dos seus direitos • mas pro"ibe essa l icença exagerada quedes~ cura o' bem da fa mília; não quer que no corpo mo_ral que .é a familia, o cor ação seja se– par ado. da . cabeça, com imenso detrimento do c~~P? 111te1ro, e ~om perigo - perigo mui to ~ 1 ox1mo - da ruma. C1im efeito, se o marido e a ~ab~ça, a mul her é u coração; assim como o pnm~tro po~su i a primazia do govêrno esta p_ode e deve reivindicar, como sua, a p;ima– z1a do a mor" . . O ma trimônio idea l é aque le em se unem dois valores, d.uas personalidades capazes de se compreenderem, de se comple tarem, de tra– ba lharem harmoniosamente, elevando-se juntas para a perfeição, e de realizarem com o me– lhor prov~ito a edu~ação rios filhos. Dessa pe- 4uena sociedade, Deus quis que o marido fôsse e, elide; a mulher deve- lhe odediência • est · a t_eoria. Na prát ica, porém, bem saben~os' ;u! o 1d~al nem sempre se encontra. Sucede na vida corrente aparece ás vezes con lêque . . . · • • , 1 re vo a _supcnondade da mu Ih e r sôbre O · ' se1 ·1 en1 · t 1· ~ · · mando . . ' . m e igencia, se3a em capacidade d . . . c1at1va e de vontade. Essa a11oma1 · e 1111- - t d . . ,a em nada se opoe, ~ avia, a vontade do Senhor· ne cas_os partJC'Ulares, precisará a mulher d.e ss_es delicadeza e de grande tato at· d . muita . d . ' im e evitar ao ~an o a . irritação, às vezes c;ontida . tc1nto mais temível, pelo 1 . . , . ~orem que êle desempenha no se~ape . i~s1g111ficante irritação, temos visto às vei:ip;~~ l.a[ Essa -se nos pais de familia' em compl~ta i~~itmar– ~~ra t~fhm tud~ aquilo que, na vida da mir;~1rça s J os, nao sqa de máxima importânc· e O lar normal é aquele em que não s 1 i~ ...................... , .. , ..... ..... ,,,.,.,, .. , ........................ mente a lei, mas as próprias qualidades do espôso, fazem dêle o chefe incontestável da fa– milia, o sustentáculo, digam~s mesmo, o diretor de sua mulher e a grande autoridade aos olhos · dos filhos . Seja como fôr, a espôsa deve-lhe respeito e submissão. Digamos baixinho, entre nós, que, embora aceitando a lei e evitand o infringi- la, - o que seria ir contra a vontade divina - há ; para a mulher, um modo geitoso e terno, uma diolomacia leal e -atilada ~om que consegue facilmente do marido mil peque– nas abdicações, para maior benefício do lar, e assim realiza diariamente isso a que o Cônego Dermine chama graciosamente " usurpações pa– cificas do poder" .' E, visto que a bôa ordem e a felicidade da família estão em jôgo, com– preende-se que o Senhor tenha para com essas usurpações uma grande indulgência. Terá a futura espôsa porventura conciên– cia com que probabilidade de êxito poderá pre– parar de antemão essas abdicações benéficas e essas usur r ações pacíficas, 0 11 melhor, ( posta de parte qu nlquer ironia), como r oderia co_n– seguir a sua feliz participação na autoridade do seu lar de amanhã? E' necessário que es– téja preparada para isso; se quiser desempe– nhar o seu papel providencial, cumpre que tenha va)or: valor intelectual, valor moral, va– lor prático. E isso, vê-se claramente, é uma questão de lenia formação; n'âo se cria uma personalidade completa durante os rnêses do noivado, por maior ardor com que se empe– nhe nisso . Na véspera do casamento, já se não póde dar sinão o último toque a uma obra pacientemente elaborada. E, de fato, e sa o'brn, vista sob o ângulo que aqui nos i n te re. sa, consiste na formação progressiva de idéas e opiniõts - há tai;itas mulheres q11e não tel11 opinião sôbre c'oisa alguma - quantas, só vi– vem de impressões s'uperficiais , e estão à mercê de tôdas as influências, incapazes de e fôrço, de resistência, de coragem! Uma inte– lig;ência que tern envergadura, uma vontade que tem carater, eis a \'erdadeira base ôbre a qual se edifica a autoridade duma mulher, duma espôsa e duma educado_ra. Mas ._. . ainda se faz mistér que e sa autoridade eia reco– nhec.ida sem oposições. QuaL ·sãó as . mul he– res cujas ideas e vontades se aceitam? As que ousam ostenta-las e sustenta -las com do– çura e modéstia, mas igualmente com firmeza . ( Conc{ui na página 13)

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