Quero - 1942
----- -- -- SETEMBRO 15 Dores de loau Senhora ' O coração de Nossa Senhora, rieceptáculo do Amor Infi– nito, foi torturado de do– res cruciantes como nem um outro coraçi'io experimentou . Desde o instante em que o velho Simeão, tomando o Deus Menino, disse : " uma espada de ;dôr há de trespassar o vosso coração", até o momento doloroso do Ldes– cimento dli Cruz, muitos e pun– gentes foram os espinhos que fe– riram êsse coração todo amor, todo caridade. I Na meditação das dores da Virgem Maria, a que ·mais pene– tra na minha alma é o encontro na via dolorosa do Calvário. • "Meu filho . meu quer'idojesus!... Minha Mãi, minha pobre Mãi !... " Essas palavras traduzem a dor mais dorida e a ternura mais pro– funda . Lição de paciência , exem– plo de fortaleza. . . Paciência, no sofrimento; fortaleza, para supor– tar a imensidade daquela dor. E por que sofria tanto a que é a mais pura entre, os filhos dos homens? Porque na hora em que Maria fizera de seu seio imaculado o primeiro cibório vivo do Cristo, quis, também, participar na re– denção da humanidade. Nós, miseràveis criaturas, ainda ousamos perguntar - por que so– fro? Quem de nós ainda nãÇ> ex– perimentou um momento dolo– roso? E, qual de nós costuma fazer, também, o seu encontro com o Cristo e dizer confiante : Meu Jesus, meu querido jesus? ... , Lição de paciência , exemplo de fortaleza . . . Dai-me, ó Mãi ct_as Dores. essa paciência e essa fortale za ! Ensi– nai -me a percorrer as encostas do Calvário. Vós conhecei~ a mi– nha · fraqueza ,- que faz da minha pequenina renúncia o pêso dum grande sacrifício. Fazei que o meu pobre coração só encontre alegria no sofrimento, e faça dêsse sofri– mento o caminho seguro da eter– nidade . Quero dizer com tôda a esperança: ''Ó meu Deus, vós reu– nireis aqueles que hoje separais. Secareis as lágrimas, embalsama– reis as dores: Eu espe ro , creio e amo.'' m.
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