Quero - 1942

O ceu é um prémio, mas , não ha prémio sem vitória e esta é u.ma consequência da luta, o result ado de um combate. Desde que o pecado quebrou a mara vilhosa harmoni a que ha– via no mundo, tornou-se impos– sível a perfeita felicida de e o ho– mem, destinado a viver eterna– mente, foi condenado a morrer. A- pesar de ser imortal o seu de'stino, êle não poderá mais atin– gi -lo, sem passar por uma série de dificuldades e sofrimentos, - verdadeiro combate, cujo epílogo inevit3.vel - a morte - redu -l o ao aniqu ilamento completo, ao nada. Morrer é, pois, a condição atual de todo ser humano; a morte é a ponte que devemos transpor para chegar ao porto da Eter– nidade. Lei divina à qual ninguern es– capa ou escapou jamais. A Virgem Santíssima, mãe ben– dita do Verbo Incarnado, ficou sujeita a ) la, embora pura e ima– culada: Nossa Senhora morreu, também, para chegar à glória sem par que na Pátria Celeste lhe conferiu seu Divino Filho. Não foi, porém, v itima da cor– rução; esta é o castigo do pecado e, isenta que era de tôda a man– cha desde sua Conceicão, não podia nem devia sofrer a des– truição do seu corpo imáculo. A morte da Virgem é uma passa– gem doce e suave da terra para o ceu, um êxtase divino. Os apóstolos que a cercam na hora derradeira vêm-na a d o r me c e r num sono feliz e depois levam– -na ao sepulcro. Também Jesus foi morto e sepultado e, como ~te, Ela igualmente subiu glo– riosa ao ceu em corpo e alma. Tal é o poder de Deus. Se falo do poder de Deus, lembro-me logo da justiça infa- LEMBRANDO lível e eterna dêsse Deus todo- -poderoso . Justíssima é a recom- a pensa que confere a Maria San- tíssima: Ela é a mãe do próprio Deus é embora se saiba em que condições aceitou a insigne honra A ,.., da_ ~ate_rnid ade ' divina, ne~hum ssunçao cnstao ignora a que caminhos dolorosos a levou o livre e ge- neroso "fiat", que encerrou º co- d e lóquio com o embaixador do Altíssimo. Encontrou dificuldades' e so– frimentos, quantos! Nenhum mor– tal os suportou tão angustiosos e com tanta humildade quanto a "Escrava do Senhor", durante tôda a sua vida. Eis por que vemos a humilde Virgem Maria, depois de sua morte, em todo o esplendor, co– roada de estrêlas, eleita rainha âo Ceu e da Terra, dos Anjos e dos Homens. Tôdas as nações a proclamam bemaventurada e vo lvem para ela os olhos em busca de confôrto e esperança. E' a Mãe de Misericórdia , o Re– fúgio dos P ecadores em todos os transes difíceis; esta é a sua maior glória, o seu lílulo mais expressivo. Aprendamos na escola de N. Senhora a dizer o nosso "faça-se". Embora custe, e não seja tão ge– neroso , que haja, ao menos, sem– pre, a boa-vontade. E depois con– fiemos e peçamos à Rainha da Glória que nos guarde , como re– compensa, um lugarzinho ainda que seja ó último, no Rei~o glo– rioso, quando, depois da luta sem trég~~• . após o ú!timo e grande sacnflc10-o da vida - raiar para nós a aurora do eterno dia . Rainha <la G-lória ' Maria rogai por nós l

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