Quero - 1942

'I 1 <1-uero 7 J. F. e. B. Belém - PMá - Brc1sil a,•,,i,1,,, . .. ,,.laJllfltll-••·· ·•,,.1111.111111,...11,1111111.11111111111••·· .. ······•111111 1111,,,,,."'''' 111111,11••···••11 ••········•• r111 11.1n ••·····.. ••••·•• • •••·••••••••• • ••• • ••••••• Ignorância religiosa ~ :l!ima A todos os que se interessam pela Ação Católica, aos poucos que labutam corajosamente .nesse movimento , aos que de– i sejam maior expansão ao catolicismo, entre nós, a todos tem assaltado um dó imenso ao compreender que um dos gran– des inimigos dessa dilatação está, não nas fileiras contrárias nem na algidez dos indiferentes ou dos céti cos, mas entre nós, nas hostes do próprio exército católico . Êsse adversário, temivel a todos os respeitos, é a l_gnorância Religi osa. Não nos referimos, aqui, ao povo, à massa popular, que, essa, vive num arraigad 0 sentimentalismo religioso, na sua maior parte desgraçadamente apegada ainda a _um acervo de crendices e busões, tão dificeis de extirpar corno é dificil expulsar a lepra de um corpo humano. Não aludimos, portanto, ao povo. Fala– mos da " élite", da flor dos católicos. Aí, também , campeia a ignorância religiosa . Se não , vejamos. Qua ntos, dos ca tólicos dessa classe, têm conhecimentos, por pouco que seja, da Hist óri a, da Liturgia. da Filosofia e do Dogma católicos? Quantos lograriam, com vanta– gens, corrigir os êrros ( os pequenos êrros) que por aí andam a os magotes empenhados - em macul ar e desacreditar a dout rina católica? Quantos estão no pé de refutar as heresias e blasfé– mias qae sobem constantemente aos céus? .. . Poucos, muito poucos, essa é a verdade. Entre parênteses, a esta parte mínima não queremos deixa r fugir a ocasião de parabenizar com a nossa maior admiração. Muitos católicos são lidos e conheced ores da .eiência profana, e muitos são mestres, no que os louvamos, mas de religião nunca passaram nem tentaram passar do A B C. Não faz muito tempo que lerr:os num hebdomadário cató– lico. feita por pessoa que em uma ou duas outras matérias é tida como conhecedora, uma pergunta elementaríssima sôbre dou– trina católica, pergunta a que qualquer primeiro catecismo res– pon deria satisfatoriamente. Noutra ocasião, ouvimos um enfa– tuado jovem, muito convencido dos s eus superficialíssimos co– nhecimentos científicos e religi oso s, referio de êrros e de atrevi– mento, dizer a um distinto senhor- católico, e muito bom cató– lico- um amontoado de parvoíces filosóficas anti-religiosas já há muitas décadas destruidas, e às quais êsse senhor contrapôs dois ou três argumentos puramente sentimentais, comprovadores da sua completa inciência no assunto. Fatos , como êsses, andam aos milhares se repetindo diària– mente. Basta observar para ver. Ê les atestam, sobejamente, quanto é grande, enorme, imensa a ignorância religiosa, mesmo no meio da "élite" católica . E isto, além de desfavoravel ao conceito que o verdadeiro católico deve ambicionar que todos tenham à sua doutrina , é sumamente prejudicial ao movimento da Ação Católica, que é, essencialmente, um movimento de in– tensificação e expansão da Fé. ,

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