Quero - 1942

<1ue~o 12 J. F. e. B. Belém - Pdrd - 8rdsil 11 t t I t I t I t t 111tIt,1111 t t I t 11 ttItt111 t t I t I t t ■ 11 t 111tIt•t1 1 tt 111 1 1 11 1 f 1 11l,111tI t 1111 1 11111111 1 f 1 111 1 11 1 t11 11 1 t1 1 1t1 111t 1 1 1 1111 1 t 1 111 1111111 1 11111 1 i J. E. C. F Juventude Estudantina 1 1 Católica Feminina -- NAO TENHO TEMPO N ÃO tenho tempo 1... E' esta talvez a frase mais repelida e corriqueira da língua portu– guesa. Atraz dela nos abrigamos para fugir ciquele que nos aborrece e, de i•ez em quando, para justificar a nossa pre~uiça e o nosso comodismo. E' o escudo com ,1ue nos de/endemos de tôdas as ma– çadas, de tud~s as cuntr.iriedades, de todos os abor– recimentus. Não lenho tempo 1... E, de falo, nesta vida sempre ocupada e tão cheia, as horas voam com uma rapidez incrível Nüo, verdadeiramente ndo lemos tempo para nada. De manhtl. . . Sim, de wa11hd perde-se meia 1lo– n1zita antes de realizar esse acto heroico que é sair da cama. Mas de manhcl ainda o dia nos parece enorme e, assim, temos a impressdo de que aqueles instantes matinais ndo leem importância. Mal nos levantamos, começa a sarabanda das horas. Vestimo-nos a correr, engulimos à pressa o café e as torradas do almôço e vamos dar urna vista de olhos aos livros. Uma vista de olhos muito rápida. Por– que já é tarde e de casa ao liceu ainda é uma viagenzita. Antes de sairmos ainda temos um mpasso de espera; é preciso pôr o chapéu, ugeitar os caracuis e estas duas operuçôes transcendentes ndo podó11 f uzer-se a correr; exigem muito rnidado e um.1 sábia e meti– culosa atençao. O pior é que llntiamos feito ontem lençdo de ir à missa mas com tanta demora o tempo vai faltar . Paciencia ! . . . Amanhd será, conseguiremos le– vantar-nos mais cêdo. Descemos a escada a quatro e quatro e eis-nos na ruu. N11 rua é f eio correr .. . mas no entanto parece– -nos que, pur uma vez , teremos de pôr em prt!ti.:,1 as ínconvefli~ncias. Pelo cami11ho , a-pesar de ser t,ude, ainda nos demoramos a rer nunw montra qualquer coisa que ( Da revista "Ao Largo'') chama a nossa atençilo. E os últimos cincoenta metros que nos separam do liceu sdo andados nem sabemos como. Pronto! Ca estamos! Esbaforidas, mas isso 11120 imporia. E' verdade que por um minuto não chegamos em alrazo. No primeiro intervalo, êsle intervalo em que tl– nhamos projetado fazer tantas coisas, perdemos o nosso tempo a !azare/ar com uma colega. E nós que tanto quer/amos rever as liçôes da tarefe. Depois, pelo dia adiante, ludo se passa como num turbilhão. E á tarde, d ' hora da salda, quando sentimos que o nosso dever nos chama, o nosso dever familiar ou de apostolado, pudemos as últimas horas que nos restam em co11versas /ateis e, quantas i•tzes, em criticas malévolas. Em casa, a nossa mde tem de se ocapar daquilo que só nói dever/amos fazer; o cuidado do nosso galo, o arranjo do nosso quarto, as pl'queninas coisas que nos pertencem e que nos compele manter em ordem. Lá fora, nas nossas obras de apostolado, bem podem os dirigentes pedir-nos noticias dos trabalhos que nos incumbiram. • Apostolado? Mas, nao lenho tempo! ... Não vêem que niio tenbo tempo? !. . A' noite, como ainda ndo perdemos ú hnm cos– tume de fazermos o balanço do nosso dia, l'erijicamos que nt1o cumprimos o nosso dever, que ndo fomos boas filhas, nem bo,1s estudantes, n.:m boas jecfatas. E sentimo-nos cl.!sconlentes comlsco, tristes por nau lermos servido, por mlü termos estado no nosso pôsto, por termos sido egoístas, com,.1distas e ind1jerenles. Se somos si11cer.1s confessamos entllo, cá muilf> no fundo ele nossa alma, baixinho para que mnguem nos oiça que m1o temos tempo porque pordemos tempo ; perdemo:; m111to tempo nas ocupações i11utrls com que atrm•essamos os nossos dias, nas conversu.ç de qu,: coisa alguma de bom resulta, nos mil nadas a que damos Mo grande lugar na ,wssa vida. JlCISJA I habhua•tP a faz...r rt•ndt"r os tt•u. dia!;: h•rnbra•tt• de- tfllP todos os lo - t niPs eonf m para II tua oiissüo. 1•nra a tua ~antlflt•at;ão. 1•11ra a fun •-•••rnld de.

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