Quero - 1942
1 l l 1 9ue~o l 1 J. F. e. B. Belém - Pdrá - Brdsil •••••••••••• ,.,,.,, •• ,,,,,, ••••••••••••••••••••••••••• ••••••••••••••••••••••• • ••••••••••••,•••••••• , •• 1.,,11111111111111111111>11111111111111111111 didade dos lares. É no lar, definitivamente, que a mulher é a verdadeira companheira do homem, e onde lhe é semelhante numa obra comum . E' pela maternida<;le que a mulher é a assistente dú homem, e entra, unida intima– mente a êle, em colaboraçã'o ereadora com --o próprio Deus . Realiza, então, totalmente, com a sua razão de existir, o pleno sentido do es– plêndido nome: "Mãe d<is viventes". ' Na fidelidade à sua obra comum, reali- zada por amor, o esposo e a espôsa acham a ·própria essência da verdadeira felicidade: êsse sentimento de plenitude e ~e paz que a conciência de haver realizado o seu destino confere ao ser inteligente e livre. Aliás, e desde tôda a vida, a arte de ser feliz, e de fazer feliz, são uma só e mesma coisa. Encontrámos, em nosso caminho, ho– mens cuja fronte irradjava de alegria tranqüila e segura; quasi sempre, pela porta entreaberta da sua morada, avistámos uma mulher - es– pôsa_e mãe - que, no esquecimento generoso de s1 mesma, se entregava à sua missão pro~ videncial. E, justa compensação das coisas deste mundo, vimos no semblante desta mu– lher o reflexo luminoso e quente da felicidade que ela dava . Passamos também, todo dia, por outras mulheres que não são nem espôsas nem mães. Em alg_u_mas, é o horrível vácuo no coração e a estenhdade de• tôda vida que se verificam. Outras, porém, as melhores, aquelas que livre– mente e de pleno gôsto renunciaram ao amor ~ à mate_rnidade, presas pelo atrativo de um ideal ma,s ~lto, essa_s nem por isso sacrifica– ram a ale~na essencial da maternidade. Ma– ternidade t_ôda espiritual, sem dúvida, inteira– mente desinteressada, maternidade de almas, a que elas servem pela oração, pelo aposto– lado, pelo oferecimento total de si mesmas a Qeus . Muit~s vezes, é a almas de crianças que elas_ se_ deu1ca,m, em plena mocidade; pela sua renuncia _ao a_mor humano e às santas alegrias do matrimônio, tornam-se mães daqueles a quem falt1 amparo e lar. Quantos nom'es na maioria desconhecidos dos homens, mas 'au– rto!ados e,~tretant~ de verdadeira glória, po– denamos citar aqui! Nomes de religiosas no– mes de oper~rias, nomes de empregada~, de moças da sociedade que permaneceram virgens por um ideal e que realizam sua vid;i plena– mente com plenitude de ação e plenitude de felicidade! Alguns espíritos, de v,sao muito curta, censuram-lhes o descuido de um preceito im– perioso: nos primeiros dias do mundo, não disse Deus ao homem: "Crescei e multiplicai– -vos"? Mas, como o faz observar Francisca Harrnel no seu belo livro - Grave questão da Educação das moças, -"se essas creaturas de escol parecem não obedecer à vontade divina , na realidade, não se •furtam à grande lei do amor. Mas cumprem-na, na esfera sobrena– tural em que ingressam, dóceis ao apêlo do Mestre. Elevam-se acima da terra para melhor atrair as almas e conduzi-las. a Deus. Se não transmitem a vida física, é que tôdas as fôrças do seu ser concorrem para desenvolver nelas próprias uma vida espiritual intensa e fecunda, afim de a expandir e transmití- la sem conta; se não concebem corpos, é para melhor crea- rem almas". • A mulher é uma creatura tôda de sensi– bilidade; vive pelo coração . Está pronta - se não fechou êsse coração ao apelo da natureza -a concentrar tôda a sua vida em outrem, a fazer da felicidade alheia a razão de ser de sua existência . Deixa-se facilmente prender pelo amor. Uma "verdadeira mulher" não considera coisa extraordinária o se deixar absorver e consumir por uma dedicação, sem proveito para si própria . Do alto da cátedra da verdade, na igreja da Madalena em Paris, o Padre Sertillanges contava um dia, em 1914. a história duma me– nina de onze anos que dissera ~ sua boneca, beijando-a com ternura: "Minha po?re pe– quena, nunca terei como filha sinão a t1 . nesta guerra, mataram-me todos os meus maridos." E' que, já num coração de menina, o se~h– mento materno está em formaçao . À medida que a menina crescer, veremos desenvolver-se nesta - talvez com um parêntese momentâneo no início da adolescência - a necessidade de ( C o fl e/ui li li p d g i 11 a I 3)
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