Quero - 1942

C1uero 4 J. F. e. B. Belém t 1 1 t t 1 1 1 1 f 1 1 1 1 •••• o 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 f 1 1 1 1 • 1 ... 1 t 1 1 1 1 f 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 f 1 1 f 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 i 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 '. 1 1 1 f 1 1 1 1 1 1 1 ~ .!!..!.!.!!. Sente-se a " qUERO" muito honrada em poder inserir nas suas pã– ginas esta lenda, contada com tanla expontaneidade pelo conhe– cido cientista que dirige o Museu Paraense Emilio Goeldi; e, dgradecendo a gentileza, a '' q UERO" foma a ousadia de pedir ao amigo, tão sábio quão modesto , mais uma ou duas ou três deslds lendas tão pitorescas. • 1 CASC0 1• • 1 DE-,BURRo·~·~ FOLCLORE PERNAMBUCANO (Para Zulmira, querida irmã e boa amiga) © UANDO eu erá menino e morava em Olinda , fazia "bodoque" de galhos de Ubaia e "ba las" de bar ro vermelho para caçar "Rô li– nha-casco-de-burro" no largo da Sé; "Guriatã– -frade" nas Aroeiras da Ladeira de S10 Fra n– cii.;co; e "Sanha-assú" nas Palmeiras-reais do Seminário. Meus pais brigavam comi~o por assim proceder. !\\ as, eu élcllav;i que meus pais não tinham razão e continuava a caçar "Sanha-assú" nas Píllmeiras-reais do Semi– nário; "Guriãtã-fradc nas Aroeiras da Ladeira de São francisco; e ''Rôlinlla-Ca'-.:(l-de-hurro" no Largo da Sé. Esta última avezila extrema– mente graciosa, quando anda á c:2ta de ali– mento, pelos caminhos e estradas. logD 4ue avic;ta qual4uer vulto ou ouve qualquer I uid(), • cos tuma Sl! agac har nas depresst) es dei xadas naq uelas via s pelos quadru pedes que por el as transita m, principalme nt e nas pro duzidas pelas patas dos burros. O seu taman ho e in teira– men te igual ao do ras to dêsies ani111 J is. O-aí o nome pe lo qua l é co nh ecida . E é tão pl'r– feita aq uela igual dade q11e ~lificil é afirmar se ela nasceu para esconder as cavi dades que 110 solo deixam os cascüs dos bur ros ou se os bu rros têm os cascos com as suas di m enSiH'S para esconde- la nas cavi dades oue deixnm no solo. Muito~ tiirao que é o instinto de co11- servaç;1r, que faz a ''Hê1li111ta-ca.1rn-cle-burro·· aproveitar aquela circunsUincia para lugir aos seus (lerseguidores . Todav ia. uma ve, que u as escondidas de meus pais, pr\icurava tratar

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