Quero - 1942
3 J. F. C. 8. Belém - Pc1r.í - Bmil •••••••• , •••••••••••••••••••••••••••••••••••• •• , •• , ••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••.••••••••••••••••••••••••••••••••••• •• , •••••••..!.!.!..!..!.!'-!.. sintoma que enche de contentamento o cora– ção brasileiro. E' um sinal de vida e demons– tra que não se ofende impunemente a digni– dade do Brasil, e que, com amarmos apaixo– nadamente a paz, não trepidamos afrontar a guerra, quando a honra da Pátria o exige". Os bispos brasileiros (e os padres com êles) sempre deram aos católicos e não cató– licos, um grande exemplo de patriotismo. Pre gavam e faziam. Pregam e fazem. Sempre ama– ram e amam o Brasil. Pelo Brasil morreram e morrerão se for necessário. O sr. Getulio Vargas disse. com acêrto: o clero tem dado "até soldados valorosos quando a Pátria esteve em risco''. Muito reverenciado por suas letras, D. Silvério quando escrevia um livro ou uma pá– girfa todo o Brasil queria lê-lo. Era como que a voz do episcopado nacional c,egando aos ouvidos dos católicos espalhados pelos oito milhões e tantos de qurlometros quadrados de nossa Terra. Os brasileiros estão precisando. de ler D. Silvério outra vez. Hoje, pri;;cipalmente. Fica– rão sabendo, assim, "quanta obrigação deve– mos a esta pátria terrestre, e com que pron– tidão ou antes com que gôsto e anhelo, de– vemos acudir a seu serviço, mormente quando ela o exige ou pede.'' Querendo tfevantar us nos;.-.os brios, esti– mular as nossas fôrças, bulir com os nossos nervos e provocar cm nós uma santa cólera, êle adverte: ''Um filho que recusasse acudir por sua mãe em perigo de vida, ou de honra, não se– ria mais criminoso que o cidadão que se es– quiva de prestar à sua pátria o concurso 4uc ela há mister para viver com dignidade. Os maiores santos, e mais ilustres lumi– nares da Igreja, são enérgicos em proclamar esta obrigação. · Contentar-me-ei em citar o oráculo dos tt:ólo 1 0s, S. 1 omaz de Aquino, que ensina que depois de Deus somos mais devedores aos pais e à pátria, e que o culto fi pátria é um dever dr justiça". Há muito de espartano naquele modo com que se dirigiu a cada vigário de sua vasta diocese no sentido de dissipar no povo o hor– ror que tinha ao serviço militar, de acoroçoar o cidadão brasileiro para que estivesse de prontidão para o que ·a Pátria houvesse mister na guerra contra a Alemanha em que o Brasil havi;, entrado a seu mau grado. Lá está na página 7 da circular citada : '' V. Rcvma, disi;ipe no povo o horror que ttm ao serviço militar. Mostre como é honra ser– vir a Pátria e defenaer nossos patrícios. nos– sas mesmas familias, guardar-lhes os bens de que gozamos. Mostre que aihda quando for necessário derramar pela Pá1ria o próprio san– gue, devemos abraçar com gôsto o sacrifício, que nos habilita a retribuir em parte o que da Pátria recebemos." E mais adiante, na página 8: "O sacer– dote brasileiro deve penetrar-se da gravidade da situação, levantar o espírito e o coração do povo, e procurar que todos se unam ao Oo– vêrno ( o grifo é nosso) no empenho de guiar o Brasil e tira-lo com honra desta situação an– gustiosa." D. Silvério ainda escreve: ''O que pre– cisamos é de paz, o por que suspiramos é pela paz, o ue procuramos ainda com os terríveis aprestos das armas é a paz." Que sabor de atualidade na circular da 1 de ·Janeiro de 1918, assinada por D. Silvério, o patriota, primeiro arcebispo de Mariana! Hoj que o presidente Oetulio Vargas está mobili– zando tôdas as fôrças h10rais e materiais da nação afim de 4ue possam marchar decidida– mente para sustentar por todos os meios os no~soi ideais de pov,) cristão que ama o pro– gresso e cultua as tradições herdadas (Cf. Dis– curso pronunciado dia 10 de novembro de 1941, no Palácio do Ministério da Guerra) como seria interessante, para nós padres bra– ~ileiros, a leitura da circular ''Sôbre as Neces– sidades do Momento". Amar e defentler o Brasil não é s<'imente amar e defender urr. território, bens ou inte– resse:; 111r1teriais. é, ainda, amar e defender todo um p:1ssado, tôda uma htrança de glórias e de grandezas religiosas, de trabalhos consagradus à defesa da fé, de lutas por Cristo e pela Igreja ."
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