Quero - 1942

1 l J 9 J. f . C. B. Belém - Pará-Brasil '· De que vos serve ganhar o mundo inteiro se vi'erdes a perder a vossa alma?" E TA N A leitura do Evangelho, nota-se, em mui– tas de suas pa ssage ns, um contra te sin– gu lar no modo de falar de Jesus Cristo. . Em umas partes, encontra-se a doçura in– fintta_r~ente consoladora com que Nosso Senhor se dmge a seus filh os queridos, d0utrinand o– lh~s • ublimes e profundas li ções, animando-os n_a prática do bem e os _e nchendo de confi ança sincera para com o P::i1 cel es tial. Em outras, vêm-se palavras de uma rispidez tão severa que qu as i eria de estrnnhar terem ido pro~ nunciadas pelo Modêlo da caridade e do amor. No entanto, é bem facil compree nder que em certas oca iões Jesus u asse de mane iras ma is bruscas e ma is rigorosas; fazendu -o, po– rém, quando se tratava de punir a hipocrisia, defender a verdade, co ndenar o vício e o pe– cado e exortar à luta do bem contra o ma l. o. ■ ■ Necessário era que Êle se servisse de pala_vras enérgicas e categóricas, claras e exp:essivas, dando um exemplo frisante de q~e diante d~ verdade não deve vacilar o coraçao, e p'.ocla– ma ndo que a justiça deve iluminar e orientar os nossos atos e a nossas palavras. Eis, portanto, por que proferiu Crist_o aque la fra e que em um tom de o_rdem, a ~.u1- tos tem parecido extremamente rigorosa: S_e teu ôlho direito te escandaliza, arranca~o e ah~ ra-o fora, porque mais vale enfrar no /eino do ceu sem um ôlho do que ser para sempre con– denado ao inferno." Da mesma forma com– preendemos por que nos preveniu con_tra tõda ambição e todo traba lh o que nos desviasse ou di traísse do verdadeiro e único fim da no sa vida, que é a alvação das nos as almas, _di – zendo: "De que serve ganhar o mundo infetro, se vierdes a perder a vossa alma?"

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