Quero - 1942

A NOSSA LINHAGEM CRISTÃ 12 J. F. e. B. Bel ém - Pdrá - Brdsil Esta virgem guerreira pode ser escolhida como um modêlo para a Juventud~ da A. C. : forte e audaz:, diante dos homens, humilde e con– fiante diante de Deus - não deve ser esta a nossa atitude? "Jodnd d 'Arc foi ndsci dd do povo ; Jodnd d 'Arc se– guiu d voz dos Sdntos ; Jodna d 'Are empreendeu a guerra para salvar um reino que eld pediu ao rei fôsse Maio por êle entregue, expressdmente, dO Rei dos ceus ; Jodna d 'Are foi condenddd como heréticd e relapsd, por sacerdotes-polfticos; Jodnd d 'A re apelou pard 0 Papa - que "estdVd longe de mais"-, lhe responderam os Juizes; Jodnd d ' A rc jurou pela Igreja triunf,mte e nunca duvidou dd Igreja militante. E depois que foi reduzidd d cinzds e seu cordção de vi rgem lançddo no Sena, rec,bil itou-d a lgrejd militante. E qudndo dS grandes amedÇdS de nossa era se levontardm sôbre d Françd Cdnonizou-a a Igreja mi l itante". - Jacquea Marltaln ' OI na aldeia de Domrémy, nas proximidades das grandes florestas dos Vosges, que nasceu Joana d 'A rc, em 1412. A guerra devastava as terras de Lorena e Cham– panha, a população vivia em sobressr1/to, as aldeias eram f reqllentemenre assaltadas e saqueadas, as casas devast das e as igrej as incendiadas. Ainda menina, co– nheceu J oana d'A rc os horrores d.1 guerra e se pergun– ta_va ang_ustiada se Deus permitia tanto sofrimento, se n_ao havia um meio de pôr termo a ess'l calamidade! Era piedosa, rezava com fervor, trotava dos doen– tes e socorria os pobres. Certo dia, viu uma deslum– brante luz e uma vo.: lhe dizia : "Sê boa". Uma se– ~unda vez ouviu estas palavr s: ·'Vai em socôrro do Rei de França, restituir-lhe-és seu reino." Vie ram então as hesitaçôes, a luta com a família. Deus ordenava-lhe que partisse, os pais nao consentiam que abandonasse o lar. E durante cinco anos viveu a Jovem nesse combate íntimo :-a quem obedecer? - Mas, venceu a f é. Aba11do11ou a aldeia tao querida e foi com– bater contra os i1112leses . Exortav? os campanheiros de armas dizendo : "Não temais! Deus faz-me o caminho I foi p;ra isto que nasci." Todos ~onlzecem as cavalgadas de Joa na através as _florestas rnf estJdas de soldados, a sua chegada a Chrnon, seu encontro com o rei e o cêrco de Orléans que teve um éco extraordinário em tôda a França . O povo reconheceu, então, que hri via em J oana um poder sobrenatural. Também não hesitou mais Carlos V I 1 em segui-la a Reims, onde f oi sag rado, conforme o ritual r ntigo, verdadeiro e único rei da Fra11ça . Joana podia voltar à sua vida de camponêsa, es- lava terminada a sua missão. . . Não! Para subir rs grandes alturas, era preciso que sofress~ in iustiças e traições. Foi feita prision~i,:a em Comp1~gne, vendida aos ingleses e entregue a 1mzes sem escrupulo. Foram membros da Igreja que a condenaram á fogueira? léon Rimbault, rz~ seu livro "As h!roinas do Dever", diz: "Não. Os Jutzes . de Ruão nao _eram a Ig reja. Acima da mitra do bispo de B_eauva1s e do crânio raspado dos Lape/eur e dos Lema1tre, é para a Igreja de Roma, é para o Papa f/Ue J oana apela. A lgreia J A Igreja está c~m o cura que dá a Joana a comunhão, com o Franc1s~ª!1º que a recebeu na ordem Tuetira, com os Dominicanos que a con– fessam e animam. A Igreja está com Leão XII~' ~~e a declara Veneravel. Com Pio X /, que a canoniza. E na praça do Me rcado- Velho, na cidade de Ruão, aquela que era a bondade, a caridade e doçura da /ma, foi queimada viva. Seus próprios inimigos reconheceram a sua san– tidade. A Histórh nos conta que o carrasco, na mesma noite, foi confessar-se, dizendo que não podia jamais crer que Deus lhe perdoasse. Sabe-se que o secretário do rei da Inglaterra exclamava: "Estamos perdidos queimámos uma santa " Um outro di~h : "Vi, vi de su~ bôca, com o último suspiro, voar uma pomba." Sim , J oana d'Arc foi a misteriosa heroína da Guerra dos Cem Anos, foi essa figura quasi legendária da Idade '!fédia - mas f~i,_ também, a virgem f orte, a virgem cnstã que nos ult1mos momentos, bei :ando a Cruz, teve a glória de libertar-se das sombras p:ir.1 v mundo da Luz.

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