Quero - 1941
~e. ~ot\ocaTTeto Jeos\a (Do livro "Meditações") S EREI "necessário" a Jesus Cristo! A ex– pressão parece dem as ia do presunçosa. Em contradição aberta com a divina e infalivel sentença: "Sem mim, nada podeis fazer." Mas, é uma expressão certíssima. Por– que exprime apenas a feliz condição das almas resgatadas pelo sangue de Cristo de poderem servir ao seu Mestre, que delas quis utilizar-se, pelos planos da sua divina sabedoria, tornan– do-as portadoras indispensaveis da sua graça e dos seus dons. A onipotência do Senhor poderia ter dis– pensado todos os operários de sua imensa vinha. Poderia, Êle só, trabalhar eficazmente na des– tribuição dos inesgotaveis tezouros da sua Re– denção. Mas, voluntariamente, quis qssociar á essa grande e santa empresa as almas de seus filhos, para que na comunhão sobrenatural do Corpo Místico fôssemos membros activos no trabalho mútuo da edificação da nossa santi– dade presente e da nossa felicidade futura. Em primeiro Lugar, os sacerdotes e, em seguida, os simples fieis, principalmente os militantes e di- dizermos das Lúcias, das Anastácias, das Apo– lónias e de tantas outras! Mas, não se pode dizer tudo nestas linhas, que são, apenas, um resumo histórico. Depois da perseguição, uma era de paz se delineia para a Igreja, com o imperador Constantino; e é uma mulher, sua mãe santa Helena, que vai empreender a viagem à Pa– lestina e que, depois de ter subido a colina do Calvário, descobre o lenho sagrado, no qual morreu um Deus. Grande foi também a influência que exerceu sôbre o filho e foi ela que inspirou a maior parte das leis em favor dos humildes, dos doentes, dos escravos e dos prisioneiros. Saudemos, desde já, na pessoa de santa 20 J. f. C. B. Belém-Pará- Bras11 Scr~i J; ' nccessarto a J~stts ~risto rigentes da Acção Católica, são instrumentos necessários, sem os quais Deus não quer, so– sinho, realizar o mistério do crescimento inte– rior de tantas almas. Essa feliz necessidade não a compreendem, infelizmente, muitos apóstolos, muitos membros da Acção Católica. Há muitas almas fechadas para sempre à acção da graça por causa da preguiça, do comodismo, da falta de pontuali– dade de certos portadores, talvez os únicos com que conta o Senhor para levar-lhes o auxílio salvador. Só compreendem e vivem esta inve– javel necessidade os apóstolos unidos a Deus, capazes de reconhecer o Cristo em qualquer parte, .cumpridores para com Êle de ''tôda a justiça", com olhos capazes de descobrir o seu Espírito, com ouvidos prontos à voz do seu Eterno Pai. Quanta alegria encontraríamos em nosso apostolado, se quiséssemos ser mesmo necessários a Cristo! Quantos trabalhos vasios, sem gôsto, enfadonhos e infrutíferos tornar– -se-iam, de repente, uma linda e consoladora colheita! Helena, a primeira desssas ''mães" que en– contraremos durante tôda a história da Igreja e que, depois de terem dado a vida física aos filhos, conduziram-nos e formaram-nos mara– vilhosamente, para que se desenvolvêsse ainda melhor nêles aquele segundo nascimento de que falava Jesus a• Nicodemos e que, freqüen– temente, produz milagres de ~énio e santidade, como em Santo Agostinho, o "filho das lágri– mas" de santa Mónic:-i . (La lemme daa~ le laical)
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