Quero - 1941

19 J. f. C. B. Belém-Pará- Bras il A NOSSA LINHACiEM CRIST~ O eô1•0 U E Nero a Constantino, decorreram três sé– culos de perseguições, com perí odos de calma que deram tempõ à Ig reja de se or– ganizar. A' primeira vista poder-se-ia temer a deserção geral das mulh eres: " As mu– lh eres! As humildes escravas que só sabiam curvar os ombros sob os golpes dos azor ra– gues; essas vendedoras da po rta Capena, ha– bituadas a lamuriar-se na soleira de suas lo– jinhas; mais tarde, essas Romanas , de mem– bros perfumados, que tinham passado a mo– cidade na piscina, na moleza e 110 prazer dos banhos; essas espôsas-crianças ingénuas dos gineceus gregos; êsses frageis vasos, essas creaturas submissas, essas almas tímidas - que fariam elas diante das feras, da cru z, do fogo, da espada?!" ( Colette) Que fizeram? O dever-e com heroísmo. Que apóstatas foram, já que o martírio é o ponto culminante do apostolado, o qual é, na essência, um testemunho. Sob o imperador Adria no, houve muitas : santas Sofia, E.lpis, Pistis e Agape; santas Sabina e Serápia, a escrava santa Maria, Eus– táquia e Teopista com seus três filhos, santa Sinforosa e os sete filhos ... Que lugar honroso as mulheres ocupa– ram nos anais do martírio! Todos conhecem a comovente história da jovem escrava gau– lêsa, Biandina, torturada pelo flagelo , o ca- ♦ valete, um touro furioso e, no fim, estrangu– lada. Menos conhecida é a história tão hu– mana de Biblis, a escrava grega, conver– tida! "Fragil e sem coragem", primeiro ela re– nega. Perseguem-na para obter algumas infor– mações e, de repente, sob a acção da graça, arrepende-se, declara-se cristã e é condenada à morte. Sob Marco Aurélio, apontemos o martí– rio de santa Felicidade e seus sete filhos, o de Santa Cecilia, nobre dama da célebre "gens Caecilia", apóstola tão admiravel junto ao ma– rido. No tempo de Septimo-Severo, na África, o martírio da assombrosa santa Perpétua e de seus companheiros. Perpéfua é uma jovem es– pôsa, que está amame!1tando um filhinho. Na hora da morte exclama: " Nesta vida, fui sem– pre alegre; serei mais alegre, ainda, na outra!" Levantada por uma vaca furiosa e arremes– sada ao chão, ageita as pregas da túnica ras– gada, numa preocupação de dccên ia, depois, prende sôbre a fronte os cabe lo s, que o cho– que tinha desalinhado, nãu querendo, na alti– vez de sua fé, morrer de cabelos soltos como uma mulher de luto! Que heroismo ! Em Alexandria, é santa Potamiana, es– crava pura e formosa, acusada pelo senhor como cristã, porque tinha resistido à paixão dêsse homem. Mais tarde, é santa Bárbara, a seguir, santa Sabina martirizada pela patroa porque não tinha querido abjurar o Cristia– nismo; depois, santa Ágata, a ilustre martir de Catania. No início do IV século, remos santa Inês, uma das mais graciosas e poéticas figuras do nosso martirológio cristão, de que se sabem com certeza, pelo menos, du;\S coisas: viveu pura e morreu mártir, aos treze anos. E, como esquecer a gentil Sal a, a pequena martir de Tipasa, condenada quando tinha 14 anos? E podíamos continuar a lista ... Foram, apenas, alguns o 11omes citad0s, sem nada

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