Quero - 1941

o E V ( La femme dans le Ja·icat) Cónego Adrein Garnier A NGELHO UEM dizem que eu sou?" Assim perguntou Jesus um dia a.seus discípulos, pelo fim de sua vida pública. As respostas foram tão diversas quão erradas. , Se Jesus voltasse ao mundo e se, por onde fôsse passando, fizesse a mesma per– gunta a i1ossos contemporâneos, as respos– tas seriam ainda mais diversas e mais er– radas. Ouviria a resposta da ignorância em todos os graus, desde o conhecimento incompleto que é uma forma de ignorar e que faz, por exemplo, de Jesus o maior dos filantropos ou o mais doce dos so– nhadores, até a ignorância total e absoluta que chega a duvidar de sua existência. Ouviria a resposta da indJerença, a mesma que os atenienses deram a S. Paulo: "Ouvir-te-emos noutro dia" ... Hoje, temos outros cuidados: ambições a realizar, fortuna a edificar, prazeres, pai– xões ... - mais tarde veremos isso ... Haveria a resposta da incredulidade, que vai desde a hostilidade mais ou menos surda ao ódio declarado, repetindo o grito dos inimigos do Cristo: não queremos que reine sõbre nós - ou o dos Voltaires de todos os tempos: esmaguem o infame! E .se o Cristo, assim como se voltou para os apóstolos, se voltasse agora para 5 .J. f. C . . B. Belém-Pará-Bras il os cristãos, para lhes fazer a mesma per– gunta, não para os cristãos que se con– fessam "humildemente" uma vez por ano para comungar pela Páscoa , mas para os que não faltam à Missa, comungam fre– quentemente e estão alistados nas fileiras dêsse laicato consagrado à Acção Católica, e lhes perguntasse: "E vós, quem dizeis que eu sou?- qual seria a resposta? Sem dúvida, não se assemelharia às que citamos. Juntar-se-lhe-ia, mesmo, a resposta do amor, mas dum amor que seria muito maior se Jesus fôsse mais conhecido; por– que a muitos cristãos nossos contemporâ– neos, poderíamos aplicar, mais ou menos, a palavra de João Baptista aos judeus: "Está alguem no meio de vós, que não co– nheceis", ou, pelo menos, que conheceis mal ou insuficientemente. E por que esta re Ia tiva ignorância? Porque há um livro que é muito pouco co– nhecido, muito pouco lido, ta I vez nunca meditado; um livro pequeno pelo seu vo– lume, mas augusto e imenso pelo que con– tém: O Evangelho . Os meios humanos são ineficazes ante as crises que presentemente passam com violência no mundo. Se experimentássemos o regresso ao Evangelho, mas um regresso sincero, total? Indivíduos, famílias, socie– dade, povos e nações, não encontrariam nêle os remédios apropriados aos males de que sofrem? O Evangelho! Livro do beleza, onde estão relatados a vida e os feitos do ''mais belo filho dos homens". Livro da verdade, que nos dá a so– lução dos problemas que preocupam todo o homem que pensa, se não quiser "dans une sombra nuít faire la traversée" Livrn do vida, apresentando-nos não um código abstracto de fórmulas frias, mas colocando-nos em frente de uma pessoa viva, incarnação de um ideal que devemos

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