Quero - 1941

4 J. f . C . B. Belém-Pará-Brasi l e Mari a do Ro sári o Uch oa Martins Sec. Arq. da J. F. C. 8. ON " Gf(\ ARIA Magdalena e Maria, mãe de Thiago, J \. \. com Salomé, compraram aromas para embalsamar Jesus. " ( S. Marcos-16-1 ) Jesus, Aquele que há dois di as apenas fizera do Ca lvá rio o luga r da redenção, do seu sangue inoce nte ondas de amor que há vinte séculos consolam a humanidade, sustentam os fracos, amparam os atl itos, an imam os deses– perados, -encorajam os tíbios, suscitam grandes heroismos. Ondas de amor, ond as do sangue de Jesus ... Mistério profu ndo, o mi stério do Amor ... Dêsse amor que, sem ser visí ve l, penetra, sem ser palpavel toca 110 âmago de todo o nosso ser. E foi todo êsse amor que levou as san– tas mulheres a caminho do sepulcro , para ofe– recerem com os aromas, mais uma vez, a iua amorosa e respeitosa solicitude. Assim que chegaram, notaram a pedra arredada e o sepulcro vazio. Ficaram mu ito tristes quando avistara:n dois anjos que lhes dis– seram: ''Não temais. Buscais a Jesus Naza reno a quem crucificaram; não está aqui. ressuscitou corno tinha dito. Ide anunciar isto a Pedro e a seus discípulos.'' Maria Magdalena, cheia de aflição, corn:u a Je usalem e conta tudo aos apóstolos. Chorando muito, volta, outra vez, ao sepulcro Os anjos lhe dizem: "Mulher, por que chor&s?" -- "Levaram-me o meu Senhor, e não sei onde ü puseram." Olha parn traz, vê um homem e diz-lhe: "Se és tu quem daqui O tirou, dize-me onde O puieste." E êsse ho- HIC rnern, que era Jesus, com o seu modo bem co– nhecido, responde : "Ma ria ." Magdalena, caindo a seus pés, exclama : "Meu Mestre !" "E' êste o dia que o Senhor fez",-o do– mingo da Ressurreição. Magdalena, essa mulher,-a quem o amor– -penitência fizera Jesus dizer: "teus pecados te são perdoados porque muito amaste; va i-te em paz", - a graça transformou-a numa após– tola ardente dos caminhos do Senhor. Nós, moças da A. C., vamos sent i r o mesmo amor de Magdalena e tecer tôda a nossa vida com os sacrifícios do apostolado, com as renúncias que a caridade inspira, com a gene– rosidade que multiplica as graças do ceu. Se– jamos, pela vida afora, sombras que pas– sam, .deixa ndo em tôda parte e sempre o aroma do Cristo. Misiério profundo, o mistério do Amor ... Páscoa . . . Domingo da Re ssurreição! A Igreja comemora con, as aleluias festivas a re– denção da huma nidade e tôda a liturgia é uni hino de alegria, é a iradiação do mistério p3scal. Vamos, também, não no sepul cro va zi o, mns ao Tabernácul o Vivo do Deus escondido. Celebremos com a comunh ão pasca l- mi s– tério profundo do Amor - a un ião mais íntima dos nossos corações ao Coração de J esus le– vando- lhe o aroma da nossa doação in tei ra, as alegrias do nosso apostolado. E cantemos com a li turgia: "Louvni o Senhor, porque é bom, é eferna a sua mise– ricórdia."

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