Quero - 1941

A PROPAGANDA O poder da imprensa - Pa ra fa1er triun– far e impor uma id éa à opinião pública, é ne– cessário torna-la conhecida do maior número passivei de pessoas. O sucesso está na pro– ·paganda que dela se fizer. O problema missionári o tomou hoje uma notavel .importância mesmo na massa do povo, graças à publicidade que lhe foi dada com a propaganda . Se, com o pensamento, voltarmos atraz uns 20 anos, veremos quanto progresso fez entre nós a idéa rnissionária. Mas ainda falta muito caminho a percorrer para tornar esta idéa verdadeiramente popular. E é pre– ciso chegar a êste ponto. E' indispen savel , portanto , continuar, .ititensificar a propaganda. E' conhecida de todos a eficácia da im– prensa e sobretudo da imprensa periód ica, para e~palhar rapida e. largamen te uma idéa. Também a idéa missionária se serviu e s erve ainda, eficazmente, dêste mei o para pen_e trar nas massas católicas. Os pequenos sucessos que se têm obtido, quer tornando mais conhe– cido o problema missionári o, quer fazendo-o apreciar no· seu justo valor, devem- se em grande parte à imprensa periódica missionária, que tem tomado um g rande inc remen to. Há pe– riódicos para tôdas as classes de pessoas e para todos os gôstos: e os jovens têm:nos muito bons, feitos propositadamente para eles. Há também bons livros de cultura para quem deseje aprofu·ndar o conhecimento do problema misssionário. E' evidente que esta maneira de propa– ganda não atinge o_fim, que se propos quem a promove e dirige com o entusiasmo de quem serve uma nobilíssima causa, se não encontra a necessária correspondência nas pessoas que a devema colher e apoiar. Por outras pala– vras, não basta que haja livros e revistas; é preciso quem os l_eia. Há, po_rta~to,_ ? dever de a po iar e ler a imprensa m1ss1onana, por– que há o dever de nos instruirmos acêrca do . problema missionário. Quando a imprensa missionária tiver atingido o se u ·pleno desenvolvimento pelo apoio prático dos católicos, e quando tiver uma larga difusão entre o povo, entãu se co– nhecerá o poderoso meio que ela é para fazer conhecer as missões, para lhe conseguir au– xílios de tôda a espécie e, sobretudo, para suscitar vocações ao apostolado. 19 J. f. C. B. Belém- Pará- Bras il Propaganda oral- E' também muito van – tajosa a propaganda que se pode fazer por viva voz nas igrejas , quer com umas referên– cias ao apostolado no meio d os strmões ou homílias que se fazem ordinàriamente durante o ano, quer com práticas de assunto exclu– sivamente missionário, nos salões e teatros com conferências. ilustradas, com projecções, etc. Vemos com satisfação que, com o fim de propaganda , se fazem com frequencia congres- . sos e reu niões de caracter missionário, quer limitad0s a uma região ou diocese, quer na– cionais . E em tudo isto brilha o zelo do clero pela causa do apostolado e se apalpa o valor da benemérita "União Missionária do Clero" que promove e entusiasma estas reüniões . Observamos com prazer que, nestes úl – timos anos, o probema missionário começa a fazer parte do programa de quasi tôdas as reüniõe.s de catól icos organizados e enquadra– dos nas várias Uniões e Federações dos Ho– mens Católicos , das Mulheres Católicas e da Juventude Católica masculina e feminina. E isto é um bom meio para fazer penetrar na conciência católica a convicção de que, como todos os outros problemas religiosos e sociais, também o problema missionário merece ser estudado sob todos os aspectos. E' muito para desejar que esta propa– ganda seja feita, em larga escala, por quem tem o dever de a fazer, de modo que leve todos os católicos a interessar- se pe!o desen– volvimento das missões . E' necessário criar a persuasão de que o apostolado não é um pri– vil égio de poucos, mas é uma função colectiva de todo o corpo social da Ig reja. Isto deve ser o fruto da propaganda. JUVENTUDE MISSIONARIA E' preciso que ela se instrua - Os de– veres da cooperação, de que falámos, impen– dem, em geral, sôbre todos o~ católicos. Mas, num assunto tão importante, julgamos util es– pecificar e dizer alguma cousa das responsa– bilidades que, dum modo muito particular, caem sôbre os jovens. Assim, verão os meus leitores o importante papel que podem desempenhar não só na propaganda missionária mas, tam– bém, na cooperação. Verão, ainda. que to– mando isto a peito, traballiando com todo o fervor do seu entusiasmo, poderão fazer gran- des coisas. ·

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