Quero - 1941
LEITURAS MI SSIONÁ RIAS 18 J . f . e. !). Belém- Pará- Brasi l ....,,,......,,....,....,,,,..~-~~-...--.... ~ ... ►+◄ .... 1111 TODOS APÓSTOLOS ! (Continuação ) E nas missões tôdas as obras de assis– tên cia , de instrução e de propaganda , i::omo : o rfanatos , escolas, colégios, labo rat ó rios, dis– pensári os, hosp itais, asi los, igrejas, caretas, ca– tequeses , etc., etc., exigem despesas, grandes despesas . E é preciso convencer•no-nos de que es tas obras são indispensaveis não só pa ra contrabalançar a obra !iefas ta que, s omente com tais meios, realizam, com g rande da no para as nossas missões, os pro testantes, mas também para atrair o pagão que, sendo geral– mente rude e material, não sabe elevar-se acima das coisas sensíveis e mui tas vezes não se move senão pelo interêsse ou, ao menos, pelo atrac– tivo da caridade que, muito a miudo, conduz à Fé. O divino Redentor ganhava o coração das multidões da Palestina, sarando, fazendo o bem, realizando milagres assombrosos. O missionário e a Irmã de poucas coisas precisam para s i, porque praticam, no mais verdadeiro sentido da palavra, a pobreza; mas não podem prescindir do dinheiro para as inú– meras necessidades do apostolado. Nós, habituados a ver as nossas soberbas catedrais, as nossas igrejas sempre limpas, em– bora modestas, nós, hahituados ao esp lend or com que se realizam os actos dQ culto nos nos– sos países católicos, não podemos imaginar a pobreza, a miséria daquilo que se chama igreja nas missões, onde, em muitos casos, são hu– mildes cabanas de pau ou de bambú, cobertas de lôdo, insuficientemente resguardadas do vento e da chuva . Quanto dinl1eiro não seria preciso para construir igrejas, capelas, peJo menos decentes, em cada aldeia, em cada es– tação missionária! Quem fornecerá ésses meios?- "Forne– cê-los -á a Igreja, o Papa .. .", responde-se. Está bem . Mas quem os dará ao Papa? Porque se– ria preciso que o Papa tivesse os tezouros fa– bulosos de Creso, para acudir a tôdas as ne- Pe. Guilherme MENÇAGLlA 11111 cessidades das mis sões. Ant igamente <! ram os p ríncipes , os governos da5 nações cristãs q ue auxi liavam largamente a obra do apo s tolad o. Hoje não é assim. P o rtanto , o finan ciamento das missões pertence ao povo, a tôda a massa dos cató– licos . E é \)em que a obra miss ionária seja subtraída a tôda e a qua lqu er inf luência po– lít ica , e é bem que se torne u111a obra verda– -deiramen te popular, que interesse e leve todos os fieis, como ta is, a dese ja rem promover, em todo o mund o, a propagação da sua Relig ião. Eis um excelente meio para dar um tes temu – nho público da própria Fé e para agrad ecer a De us a g raça de termos nascido num país ca-• tólico e não num país de infi eis; eis uma bela oc.as ião para praticar a caridade para com o nosso próximo. P orque " nenhum se deve jul – gar mais necessitad o e nú, mais enfêrmo, mais esfa imado e devorado pela sêde do que aquele que está privado do conhecimento e da g raça de Deus." Ora, se o missionári o dá ao aposto lado tôda a sua vida e se dá a si mes mo, que sa– crifído faz, em comparação dêste, qu em lhe fo r– nece os mei os ma teriais para que êle realize a sua ob ra? Se é rico não faz mais que dar a Deus uma parte daqu elas riqu ezas que Êle lhe deu e das quais o fez simples administra– dor para q ue se sirva delas para fazer o bem. Se não é rico contribuirá co nforme as suas posses . T e rá o seu prémi o, maior ta lvez que o dos ri ros . Para es timul ar a nossa generosidade para com o aposto lad o, pensemos não só nas ne– cessidades das miss ões que reclamam o nosso socorro, mas, também, nas recompe nsas pro– metidas aos misericordiosos em gera l e aos amigos dos missionários, em particular: "Quem ajudar o apósto lo terá a mercê do Apósto lo" (Mateus, X, 41 ). '
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