Quero - 1941

efémeros e enganadores como são, passam celeremente, corno passam os meteoros; brilham um minuto para logo se extingui– rem como os fogos fátuos, deixando-nos apenas a triste recordação das loucurãs que fi_zemos , durante aq ueles mo_mentos fugazes·. é , depois, a tristeza vem toma r o lu– gar vazio que no coração ficou e a tua alma acabrunhada vem debruçar-se sôbre _ti, des– pertando-te para a realidade. Desperta, pois, e escuta. Ninguem vem ao mundo apenas para gozar, é certo, como é certo, também, que os divertimentos sãos e honestos não são condenados. E' natural que, para amenizar a aridez da luta pela vida, as creaturas humanas se divirtam. O que se condena são os excessos do prazer e tudo quanto possa pôr em pe– rigo a nossa alma . Não devemos nunca esquecer que possuímos uma alma, que não somos feit os apenas de matéria, que Deus nos creou para servi-1 0 e ama-10 sô- _ bre tôdas as cousas dêste mundo . N ossa missão, portanto , na terra, é tra– balhar, mesmo dentro da alegri a tranquila e honesta , para merecermos o céu . Lá , sim , é que reside a s uprema ven– tura , que nunca passa r~ , porque é eterna e per~ne como a própria Eternidade. 16 J. f. C. B. Belém- Pará- Brasi1 Realmente, a mocidade é curta e tam– bém passa, como tudo passa na vida . Por isso mesmo é que devemos apro– veita-la bem, dando o melhor do nosso amor, nosso mais vivo entusiasmo, pel a ca usa de Cristo, reformando os costumes pagãos, ·atraindo para as nossas fil eiras tantas crea– turas desorientadas que, pelas ruas da ci– dade e pelos sa lões, vão sacrificando a sa úde e até a própri a alma. Não sentes, minha boa amiguinha que, tra nsfo rmada a vida num contínuo aperfei– çoamento cristão, terás encontrado a verda– deira e única felicidade, que nos é dado fruir na terra? Se assim procederes, verás como teu coração pulsará com mais contentamento . O teu sorriso será ' mais franco que o ti– lintar dos gui zos do carnaval que passou. Tudo passa na vida . O que não pas– sará nunca é o tezouro infinito de júbilos imorredoiros, que Cristo prodigaliza às suas servas dil ectas , que O servem com amor e dedicação. Ouve, pois, minha amiga, a voz de tua conciencia. Desperta' do pesadelo e volta para a real idade da vida, que é a própria vida em Cri sto, pois Êle disse : "eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida." - ~SÊDE HOMI<JNS! 1 1 cc U MA mocidade sem idea l é uma mocidade morta'' - já escreveu alguem. Sêde idealistas, 110 sentido sadio 1 da palavra. "0 ideal - o pensamento é de um escritor castelhano - é uma terra de promissão, com que se sonha através do deserto da vida. Como o sol, êle ilumina os nossos passos e infunde, com seu fogo, ca,lor à nossa existência. O h om em sem ideal é um autômato, que se move e fala 110 cenário da vida, mas sem alma. O ideal pode, às vezes, engJnar, mas estimula sempre. A apatia não corre risco de fracasso, por ser uma árvore sem fru tos . Mas J esus, ao se lhe' deparar uma figueira sem figos, amaldiçoou-a . O ho– mem sem ideal é também uma p lanta estéril. Quem corre atraz de um ideal hà-de lutar a cada passo, porém a luta é sinal de vida. A indiferença, inimiga de qualquer cometimento, sempre diz: Basta! O ideal, movei de todo a progressv, sempre diz : Avante 1 , Por isso, a ciência é o ideal que enger,dra os sábios; a beleza, o ideal que faz surgir os artistas ; 1 a Pátria, o ideal que forja os heróis; a religülo, o ideal que inspira os santos. Sai, meus amif{os, para o deserto da vida, guiados pela coluna luminosa de um ideal, ela vos há-de guiar, com segurança, à Canaã suspirada da vr.ssa felicidade . · Sêde homens. Ideal amplo, não há duvida, que abrange em si tôdas as vossas possiôilidades, lôdas li as vossas aspirações dignjicantes . - F r e i H e nrique Trindade, ot·n1. . •

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