Quero - 1941

mente se preqp_1ta. Sentirás então uma alegri a con s tante que encherá o teu coração. - E' muito bonito tudo isso, mas ... não é para mim . .. Não compreendo como pudeste desprezar aquilo de que tanto gos tavas. - Como pu.de? P ela graça de Deus .e pel a fôrç a cje vontade. Bem sRbes que N. Senh o r nos ama muito , e que e tá sempre pron to a nos ajudar, esperando de nós apenas um pouço de · boa vontade. O que eu pude tu o poderás também. Sei que és boa, como boas são tôd as as moças. Sei que, por traz duma pintura exageradíssima, duma moda pouco decente, de modos br uscos e gracejos irónicos, vibra aind a um co ração ge– ne roso e sede nto de feli cid ade, de ejo o de ama r ao Deus que 1'1e deu a vida, a J esus que sofreu a ínfima das humilha ções, que padeceu o mai or martírio fí sico e espiritu al, .para que êsse cora– ção, gui ado pela sua doutrin a, se elevasse acima das mi sérias do mundo , e ncontrando a ve rda– deira feli cidade nes ta e na vi da e tern a.• Os sen– timentos nob re s de tu a alma vi vem, porém, su– foc ados pela va id ade, pe lo o rgulho, pelo amor próprio e, sobre tudo, pelo medo da lu ta! Ent re– t~nto, para vence rmos todos ês es inimi gos que vivem em nós, para alcançarmos o verd adei ro amo r de J? eus, é mi stér que lutemos e que lu– temos mu ito. Mas. . não te acov arde s : a vi– tóri a pertence aos que lutam. - Helena, começo a compreende r . . . Tal– vez tenh as razão ! - Sim , tenh o razão! Ain da não meditaste no valor do teu baptismo? Não desejas, a caso ter uma vida di gna de tua linh age m cristã? ~ ach as digno de um cris tão começar a qu aresma na orgia- po rque os bail es de terça- feira só ter– min am na manhã de qu arta-feira de cinzas, dia em que começa a comemoração da Paixão de Cris to? - Mas ... que hei de fazer, então? Gos– taria de me torn ar o que és hoje ... pois ima– oi no o bem que te trouxe a ren úncia do car– ~ava l. Contudo ... temo ainda a trans ição. - P ois é nessa tra nsição que está todo 0 va lo r. Não te acova rdes. Pensas que sou me– lhor do que tu ? que n80 serás capaz do que eu fui? Com J esus à fren te tudo poderemos. - Ensina-me, então, o que devo fazer. - Deves, primeiro, procurar um sacer- dote a quem e~colherás para teu confessor. A 19 Be!ém- Pa rá- Brasil êle confessarás não só os teus pecados, mas, também. a tua vida íntima, faland o-lh e dos teu s defeitos e quali dades, afim de que, to rnand o-se conhecedor da tu a alma, como um médi co ciente do organismo do seu doente, forne ça-lhe remé– di os eficazes. Comungarás, então, mensalmen te, ou , se puderes, semanalmente, ou ain da, sendo poss íve l, d ia ri amente. Eis o primeiro e principal passo para quem queira mud ar de vida ou ven– cer alguma tentação. Usando dos dois mais excelentes sacra– mentos, - porque no pri meiro recebe rás o pe r– dão de tua s faltas e aprenderás a ir ven ce ndo os teus defe itos e no segundo receberás em teu coração o próprio De us para s11s tentar-te nas lutas, - serás capaz de praticar coisa que até então julga vas impo sivel exe uta r. Quero te prevenir que a luta de que falo não é um martírio em que viverás acabrun hada, mas gôzo extranho e ex ul ta nte. Aconselho- te, fi nalmente, a ocupar o lugar que te está reservado nas file iras da A. C. A princípio não te rás obrigações de cumprir suas pro'ibições, nem de executar seus trabalhos por– qu e serás ape nas '' impatizante", até sentires vontade de ingres ar definitiva mente ne la. A Acção Católica fornecer- te-á a forma– ção. reli giosa, a fo rmação da conciência e do c~– racter ; ensinar- te-á a plasmar a tua personali– dade, a aproveitar a parte boa que nos oferece o moderni smo , evitando o prejudi cial. Sentirás, então, a necessi dade de tran smi– tir aos outros a sólida formação adqu irida, e de lutar contra os factores que desorientam a hu– man idade no tu r bil hão da vi"da. E po r Jesus, que viverá sempre em te u coração, amando-te e sustentando-te, erá capaz de todos os sacrifícios para ofertar- Lhe s lmas convertidas pelo teu trabalho. E a felicidade armará sua tend a em tua alma. Cada vi tó ria sôbre ti mesma, inundar-te-á de uma alegria imensa. Cada conquista de uma pessoa para o bem, cada êrro social vencido, será uma satisfa ão infinita. Tornar-te-ás uma apõsto lazinha cheia de en tusiasmo pela recristianização do teu meio. Serás uma cooperadora na felicidade da juven– tude, da família, da sociedade, do Brasil e do mundo! Oh! Alba como poderás ser feliz e como o poderiam ser tôdas as jovens!

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