Quero - 1941

2 J. f. C. B. Belém-Pará- Brasil Natal .e .. Do meio de seus labores apostólicos, pelo in erior do Estado, enquanto "espe-· ruva a maré" para 1r levar a algum lugarejo, esquecido da civilização mas não da caridade, ó confôrto suavíssimo da Palavra Divina, enviou-nos o nosso amado Ar.:"/Jispo, Rvdmo, D, Antonio de Almeida lustosa, o artfgo aqui publicado, escrito com as delicadez 1s da arte e os suspiros do ze– /osu Pastor, que vi! o joio do materialismo invadir o /ouro trigal dtrs festas liíúrgicas. § Nôs, da J. ~ poesia se coaduna admiravelmente com ~~ a piedade cristã . Haja vista o cantor · de tudo quanto a natureza ostenta - o taumaturgo de Assis - todo enlevado pelas maravilhas de Deus. · A pedra bruta para êle tinha vozes suavíssimas e as feras também cantavam, a . seu modo, as magni fi cências de Deus . Mergulhado sempre no _mais puro en– tusiasmo por tudo quanto via, porque através de tudo vislumbrava o Poder Divino, sua · pie~ dade era tôda poesia e sua poesia era pura piedade. O Natal para o "Poverello'' era um poema maravilhoso. Mesmo para o cristão menos rico de fé o Natal é realmente um conjunto de encantos! Cada elemento dêsse esplêndido quadro é fonte fecunda de inspiração poética : a gruta, a ca– lada da noite, as alimárias junto à mangedoura , Maria, o patriarca S. José, · os pastores, os re– banhos, a revoada de anjos . . . Jesus! Mas, muitas vezes, sucede que a poesia acaba sufocando a piedade. Quando. mingua a fé, fatalmente a piedade se estiola. Mas a poesia , desamparada da fé, subsiste ainda, com vida puramente natural. Os sen tidos externos , a fantasia oferecem pontos de apoio à poesia que perdeu sua base nos motivos da fé . Não é mais a poesia sumamente consoladora do . . ... . . . .......... . .. . ............. .

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